Tecnologia, vendas, engenharia e finanças são as áreas que deverão liderar o ranking de contratações em 2023. Essa é a projeção elaborada pela consultoria global de recrutamento especializado Robert Half, que mostra as perspectivas salariais e tendências do mercado de trabalho em 2023. Destaque para o trabalho remoto, já que parte dos candidatos têm buscado um modelo de teletrabalho ou híbrido.
A avaliação do guia em Porto Alegre mostra que o mercado local está aquecido e as empresas contam com muitas vagas em aberto, com a presença de profissionais de perfil técnico e flexível.
— Em alguns segmentos essas vagas significam aumento no quadro. Em outros, o que vemos é uma movimentação de mercado — explica Flavia Alencastro, diretora associada da Robert Half.
No topo da lista, a área de tecnologia aparece cada vez mais consolidada como uma área de destaque. Isso se reflete também no cargo de desenvolvedor júnior, que ocupa a principal posição na lista de funções mais demandadas no mercado. A especialidade se refere a profissionais que possuam experiência mínima necessária para cumprir funções de programação de softwares.
— É um profissional de tecnologia muito técnico. Está em alta porque tecnologia e inovação se mantém em crescimento e seguirão como tendência por muito tempo. Porém, é difícil de de encontrar profissionais que queiram trabalhar presencialmente nessa posição. Por isso, é provável até que haja inflação salarial — explica Flavia.
De acordo com o guia, muitas companhias da Região Sul retomaram o modelo presencial em 2022 e exigem o cumprimento dessa modalidade. No entanto, especialmente após o período mais agudo da pandemia, boa parte dos candidatos têm buscado um modelo de teletrabalho ou híbrido, o que dificulta as contratações. Entre as especialidades que aparecem como mais raras no trabalho 100% presencial está a tecnologia da informação (T.I.) de qualquer nível, onde as empresas têm tido dificuldade de encontrar pessoas que estejam dispostas a frequentar um escritório.
Para a diretora, a inclinação dos candidatos a preferir o trabalho remoto veio para ficar. Com isso, as empresas têm visto os modelos mais flexíveis como alternativa para assegurar seus talentos, e já há um comportamento de “teste” por parte dos empregadores, que avaliam quais os impactos dessa flexibilização.
— Acredito que no ano que vem as empresas vão começar a sentir que perder um talento em razão da rigidez de um modelo presencial pode ser um erro. Os candidatos a vagas entendem isso como um valor e, do lado dos empresários, é visto como um mecanismo para preservar bons resultados — avalia Flavia.
Prestação de serviços
O guia salarial aponta, também, quais são os segmentos mais aquecidos no mercado de trabalho para o próximo ano. O setor de serviços cresceu e atingiu o lugar mais alto nesse quesito.
O setor é considerado amplo, com diferentes especialidades. Desde a tecnologia até a área jurídica, o segmento ocupa espaços onde há algum tipo de necessidade dentro das empresas. Isso pode surgir a partir de um pedido da própria companhia ou, então, pela identificação do prestador de serviço do que pode ser útil oferecer.
— São áreas que se desenvolvem a partir de demandas que surgem nas corporações ou de áreas que identificam onde e de que maneira podem impactar nos resultados de uma empresa — afirma Flavia.
A diretora aponta como exemplo as empresas que prestam serviços de Recursos Humanos (RH). Atualmente, após os anos mais marcados pela pandemia, o setor tende a se movimentar mais em razão da busca por quais benefícios e estruturas as empresas precisam ofertar. Isso comprova, segundo Flavia, que momentos de crise podem elevar ou colocar em foco um segmento que ofereça suporte ao mercado.
Candidatos mais exigentes
Além do guia salarial, a Robert Half divulgou os resultados da 21ª edição do seu Índice de Confiança, que é um estudo trimestral da consultoria que mapeia a confiança dos profissionais qualificados quanto ao mercado de trabalho e à economia. São considerados os profissionais acima de 25 anos com Ensino Superior.
No primeiro semestre de 2022, o sul do Brasil apresentou os melhores números do país, com o melhor índice no segundo trimestre. Conforme a pesquisa, a taxa de desemprego dos profissionais qualificados nesse período na região foi de 2,7%. Essa é a menor marca registrada pela agência desde 2017, quando o índice foi lançado. Em termos de comparação, o Sudeste, maior economia do país, apresentou uma taxa de 4,5% no mesmo espaço de tempo.
Segundo Flavia, os bons números fazem com que o poder de barganha dos candidatos aumente no momento da busca pelo emprego, principalmente nos setores que estão em alta. Dessa maneira, o profissional qualificado tende a escolher em qual empresa gostaria de trabalhar ou qual delas encaixa melhor com o seu perfil.
— Muitas pessoas criaram um novo cenário de vida, uma nova qualidade de vida. Hoje, não existe uma entrevista de emprego onde o modelo de trabalho não seja abordado. Você não tem mais medo de fazer uma pergunta que faça diferença na sua carreira, pois está sendo mais demandado. É um perfil que está sendo assediado no mercado e que dá maior segurança para tomar decisão quanto aos benefícios — conclui Flavia.
Confira as tendências de setores e cargos para Porto Alegre 2023
Segmentos mais aquecidos:
- Serviços
- Agronegócio
- Indústrias
Áreas que lideram as contratações:
- Tecnologia
- Vendas
- Engenharia
- Finanças
Cargos/posições que estão sendo mais demandados:
- Desenvolvedor Júnior
- Gerente de Compras
- Analista de Marketing
- Vendas Técnicas
- Coordenador de Produção
- Especialista financeiro
- Controller
Fonte: GZH
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