90% dos funcionários em home office cometem falhas de segurança

No home office, funcionários tendem a superestimar seu conhecimento em cibersegurança e 90% cometem falhas graves sem conhecimento, segundo um novo levantamento da Kaspersky, empresa internacional de cibersegurança. 

Para chegar a este resultado, alunos de um curso de segurança para home office foram analisados através de uma metodologia de aprendizagem adaptativa. Isso significa que, além de responderem perguntas sobre segurança no trabalho remoto, eles também deveriam avaliar seu nível de confiança nas respostas.

Deficiência em cibersegurança básica

A maioria dos alunos que deram uma resposta incorreta falaram frases como “Eu sei a resposta” ou “Eu acho que sei a resposta” durante a autoavaliação. Esse dado indica que equipes de teletrabalho tendem a superestimar seu conhecimento em cibersegurança básica.

Esse comportamento esteve presente em diversas situações, mas três se destacaram: na utilização de máquinas virtuais e atualizações de software, além do uso de dispositivos corporativos, mesmo ao trabalhar fora do escritório. 

Quando questionados se devem usar computadores e serviços corporativos ao trabalhar em casa, 52% dos participantes responderam de forma incorreta e, dentro deste grupo, 88% estavam convictos de sua resposta. Nas perguntas sobre como instalar atualizações de software, foi identificada quase a mesma proporção de erros (50%).

Inconsciente

No tema “máquinas virtuais”, 60% das respostas estavam erradas, e 90% dos participantes se enquadraram na categoria de “incompetência inconsciente”, ou seja, eles estavam confiantes de que escolheram a opção correta. Para o chefe da Kapersky Academy, Denis Barinov, este é um dos problemas mais difíceis de identificar e resolver.

“Se os funcionários não entendem o perigo de ações arriscadas, como guardar documentos sigilosos em armazenamentos pessoais, é pouco provável que peçam ajuda dos departamentos de TI ou de segurança. Desse ponto de vista, é difícil mudar esse comportamento, pois a pessoa tem um hábito consolidado e pode não reconhecer os riscos associados”, afirmou Barinov. 

Fonte: TecMundo

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