Celular à lenha? Bateria de prótons que utiliza carvão e água supera a de lítio

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Você já imaginou possuir um celular que funciona com carvão e água? Pois essa foi a nova descoberta de pesquisadores do Royal Melbourne Institute of Technology, da Austrália.

No último dia 8 de março, o grupo liderado pelo professor John Andrews divulgou a criação de uma bateria de prótons que é capaz de oferecer mais energia por massa do que as de íons de lítio que são utilizadas atualmente.

Outra vantagem está no fato de que carvão e água são abundantes na natureza, o que significa que a nova descoberta tende a ser mais barata do que as atuais. E ecológica, caso utilize carvão reaproveitado.

O primeiro protótipo construído é pequeno, do tamanho de uma moeda. Ainda assim, ele foi capaz de armazenar a mesma quantidade de energia por massa das baterias de íons de lítio.

A utilização de materiais mais eficientes, no entanto, poderia aumentar e muito a quantidade de energia armazenada, potencializando ainda mais o seu uso em aparelhos como celulares – hoje, as baterias são um dos principais fatores limitantes dos smartphones.

Funcionamento simples

A bateria de prótons utiliza um conceito similar ao usado na criação de células de hidrogênio. Na versão apresentada, ela combina um eletrodo de carvão, que armazena hidrogênio, com uma célula de combustível que permite o recarregamento da peça.

Durante o carregamento, os prótons (íons H+) produzidos pela ionização da água são conduzidos pela membrana da célula de combustível e se juntam aos eletrodos de carvão, sem formar o gás hidrogênio.

Na hora de fornecer energia, o caminho é invertido: os átomos de hidrogênio que estavam nos eletrodos de carvão perdem um elétron e se tornam prótons outra vez. Eles então passam pela membrana da célula de combustível, se juntam ao oxigênio e formam água novamente, processo que gera energia.

Por ser uma nova descoberta, ainda não há uma previsão para o uso comercial desse tipo de bateria. Ainda assim, ela parece ser uma alternativa bastante promissora em relação aos modelos usados atualmente.

Fonte: Uol Tecnologia

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