A pandemia de covid-19 alterou drasticamente a vida de muitas pessoas. Um efeito colateral foi a popularização de plataformas de videoconferências, odiadas por muitos. Mas uma nova pesquisa revelou que essa mudança tem consequências favoráveis para o meio-ambiente.
Quando falamos de eventos e convenções, o impacto é significante. Segundo o artigo, anualmente essa indústria tem pegadas de carbono no mundo todo equivalente ao das emissões dos Estados Unidos, maior poluidor do planeta.
“Todos nós vamos a eventos. Nós voamos, dirigimos, fazemos check-in em um hotel, damos uma palestra, conhecemos pessoas – e pronto “, diz, em nota publicada pela universidade, o pesquisador Fengqi You, um dos responsáveis pela pesquisa.
Convenções também geram muito carbono através do consumo de energia elétrica, uso de papel, consumo de alimentos e na geração de lixo. Mas, segundo os autores, não podemos esquecer que as videoconferências também consomem energia e usam equipamentos.
Novo normal
Os autores afirmam que os dados coletados podem beneficiar a organização de eventos no futuro. Aumentar o número de participantes online é a principal medida para reduzir o impacto ambiental dessas conferências.
O número de encontros internacionais com mais de 50 pessoas tem dobrado a cada 10 anos. A expectativa é que a indústria de convenções cresça mais de 10% na próxima década. Isso representa um aumento expressivo das emissões de gases estufas.
Os pesquisadores sugerem medidas que podem reduzir esse valor. Viajar em voos com menos escalas é uma delas
Além disso, a promoção de mais eventos regionais é positiva para o meio ambiente. Selecionando cuidadosamente as cidades anfitriãs para os eventosé possível reduzir o uso de meios de transporte. Mas há um limite. Um número exagerado de eventos com pouca adesão pode ser mais prejudicial.
Em congressos virtuais, é necessário pensar, por outro lado, em melhorias da eficiência energética do setor de tecnologia da informação e comunicação. Isso pode ser feito com o uso de fontes de energia renovável, apontam os autores.
“Há muito interesse e atenção nas mudanças climáticas, portanto, mudar de conferências presenciais para eventos híbridos ou remotos seria benéfico”, afirma o professor You. “Mas também devemos ser cautelosos e otimizar as decisões em termos de seleção de centros e determinação dos níveis de participantes para reuniões híbridas.”
Fonte: TecMundo
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