O Google apresentou nesta quarta-feira (21) os resultados da pesquisa sobre as intenções dos brasileiros para a Black Friday de 2020. Realizada pela Provokers, com 1.500 pessoas em todas as regiões do país, a pesquisa também mostra as principais mudanças em relação ao ano passado. E um dos destaque e a ascensão dos aplicativos: segundo o levantamento, 59% dos entrevistados afirmaram que pretende comprar na data usando apps em seus smartphones.
Além disso, a pesquisa indica que os aplicativos têm ganhado cada vez mais importância dentro da jornada de compra: 70% já possuem o app da loja preferida no seu celular, 8 em cada 10 declaram que o usam como fonte de consulta e 64% também concluem as compras nos apps além de fazer consultas.
“A Black Friday de 2020 será diferente em muitos aspectos, começando pela maior relevância do digital como o principal canal de compras e a mudança nas intenções, com categorias como móveis, brinquedos, games e imóveis ganhando maior relevância”, diz Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o Varejo do Google Brasil. “Além disso, o brasileiro está fazendo mais planos. Independente do canal, 82% irá pesquisar online antes de comprar e as buscas já começaram para 41% dos consumidores”, completa.
Pesquisas com antecedência
Outra tendência para esta Black Friday é que os brasileiros estão mais criteriosos. Independente do canal de compra, 82% dos consumidores daqui vão pesquisar online antes de comprar. E as buscas já começaram para 41% deles, um número que sobe para 62% quando somados aqueles que declaram começar as pesquisas cerca de 1 mês antes da data.
Além disso, os consumidores nacionais estão dando maior abertura para experimentação e que tende a crescer na Black Friday: 29% dos brasileiros declaram que pretendem fazer algumas das compras da data em lojas diferentes das que costumam comprar regularmente, um aumento de 12% em relação à 2019.
O que brasileiros mais levará em conta na hora de comprar?
Aqui, a pesquisa não apresenta surpresas. Levando em consideração os critérios de escolha mais importantes declarados para a data em 2019 e 2020, o preço ainda é o primeiro fator, mas perde relevância percentualmente. As Buscas no Google mostraram que preço baixo é o básico, mas que existem muitos outros fatores financeiros ganhando relevância, como parcelamento e valor do frete, que já apresentam patamares de busca acima da Black Friday 2019.
Sim, a pandemia impactou
A pandemia do coronavírus impactou a economia do país e com isso, claro o poder de compra dos consumidores. A diminuição de renda dos brasileiros após o início da pandemia reflete na intenção de compra na Black Friday: 54% dos entrevistados declaram que comprarão na data em 2020, uma queda de 8 pontos percentuais em relação à 2019. A intenção de compras também mostra uma média declarada de 4,5 categorias, 37% menos do que no último ano. Isso mostra que o brasileiro está mais preocupado com as finanças e mais consciente das suas prioridades.
O estudo também observou a relação da perspectiva com a economia e a intenção de compra. Para aqueles que se dizem otimistas (37% dos entrevistados), a intenção de compra é de 63%, em linha com os anos anteriores. Mas, para a parte que está mais pessimista (39%), 48% pretendem comprar na Black Friday.
Os canais de compra prediletos
A dinâmica de canais foi transformada pela pandemia, com o online, compreensivelmente, ganhando maior relevância nas ponderações dos consumidores entre segurança e vantagens de compra, até porque você consegue manter o distanciamento social. Para a Black Friday, os e-commerces seguem ganhando espaço, puxado principalmente pelos consumidores (40%) que afirmaram que irão comprar exclusivamente por esse canal, um aumento de 7% em relação à 2019.
Já a porcentagem dos consumidores exclusivos das lojas físicas se mantém estável (26% neste ano e 27% em 2019); enquanto aqueles que pretendem comprar em ambos os canais têm uma queda de 40% para 34%; isso indica que consumidores que ainda não se sentem seguros para comprar nas lojas físicas devem migrar para o e-commerce.
Entre as categorias, passagens, pacotes de internet, serviços financeiros e games se destacam por sua forte presença online. Por outro lado, alimentos e bebidas, veículos e moda terão maior relevância no offline.
As categorias que devem ter mais procura para a data
A expectativa para a data é alta: 6 entre cada 10 consumidores declararam que irão aguardar a Black Friday para comprar um produto que pretendem adquirir nos próximos 6 meses.
As 10 categorias com maior intenção de compra declaradas foram Celulares (38%), Eletrodomésticos (30%), Informática (28%), Roupas Femininas (28%), TV (26%), Roupas (24%), Eletroportáteis (24%), Perfumes (24%), Tênis (22%) e Móveis (22%).
Neste ano, algumas categorias aceleradas pela pandemia seguem fortes para a data, como Móveis, Brinquedos, Games e Imóveis. Por outro lado, passagens aéreas, serviços financeiros e planos de celular são as que mais perderam relevância neste ano.
As buscas no Google também apontam para um comportamento de espera para a compra na Black Friday para Celulares e Eletrodomésticos, que estão com interesse mais elevado que seu histórico, mas ainda abaixo do pico da última Black Friday. Já Informática e Móveis, que passaram por forte aceleração durante a pandemia e registraram buscas no Google acima dos patamares da Black Friday do ano passado, devem continuar fazendo parte das necessidades e desejos do consumidor.
Black Friday 12 meses por ano
Em um contexto de lojas físicas fechadas e isolamento social, o e-commerce registrou a sua maior alta histórica em 2020, com picos de crescimento nas datas sazonais, como Dia das Mães e dos Namorados. O mesmo se reflete nas buscas no Google. Em 2019, a semana da Black Friday foi o pico de buscas no Google para 72% das macro categorias do varejo. Neste ano, entre os dias 26 de agosto e 22 de setembro, 19 das 29 categorias analisadas pelo Google já registraram um volume de buscas que supera a Black Friday de 2019. Esse crescimento se divide em três tendências:
- Outros produtos tradicionais da temporada de compras, como TV e Vídeo, Telefonia e Eletrodomésticos, estão num patamar de buscas muito acima do registrado antes da pandemia, ainda que abaixo do pico da Black Friday de 2019;
- Categorias como Móveis e Decoração, que anualmente registrava o pico histórico de buscas no Google durante a Black Friday, se encontram num patamar acima – 22% e 51% respectivamente – do registrado na última edição do evento;
- Alimentos e Bebidas, que não registravam picos durante a Black Friday, estão hoje num novo patamar de buscas, 40% e 23% respectivamente acima da Black Friday de 2019.
Por que você quer comprar na Black Friday?
As principais motivações de compra observadas durante a pandemia, como necessidade, indulgência e entretenimento, seguem presentes neste ano e convivem entre si durante a temporada de compras do final do ano. Entre as motivações estão:
- 57% dos entrevistados afirmaram ter o prazer de encontrar boas ofertas e fazer bons negócios;
- 49% declararam comprar algum produto que não puderam comprar antes por questões financeiras;
- 41% disseram conseguir comprar algum produto que gosto/tenho vontade de ter;
- 34% afirmaram que precisaram repor algum produto.
Fonte: CanalTech
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