O gerente de Hardware do Google Rick Osterloh afirmou na última semana, em entrevista ao The Verge, que os sensores do Projeto Soli ainda “serão usados para projetos futuros”. Eles foram introduzidos na linha Google Pixel 4 com o objetivo de detectar movimentos das mãos e reconhecer o rosto do usuário para desbloquear o aparelho, mas ficaram de fora do recém-lançado Pixel 5.
De acordo com o executivo, o Google decidiu abandonar os sensores porque eles eram “muito caros para o smartphone que queríamos construir”. No lugar deles, o Pixel 5 adotou uma tela com bordas significativamente mais finas que seu antecessor e um furo para abrigar a câmera frontal. Para desbloquear o aparelho, há um leitor de digitais na traseira, teoricamente mais simples e barato de aplicar do que o desbloqueio facial do Pixel 4.
Rumores sobre a retirada dos sensores do novo smartphone rondavam a internet desde maio deste ano. Segundo fontes ouvidas pelo site 9to5Google na época, a decisão estaria relacionada justamente à utilidade da tecnologia, além do custo adicional de desenvolvimento, possivelmente aumento o preço final do celular.
Além disso, vale lembrar que os sensores necessários para fazer o reconhecimento das mãos requerem um espaço considerável na parte frontal do aparelho, o que vai à contramão do design com furo da tela, notch ou câmera frontal retrátil dos concorrentes.
Apesar de afirmar que o Google ainda não desistiu da tecnologia, o executivo não indicou se os sensores retornarão em um futuro smartphone da linha Pixel ou farão parte de outro produto.
Em setembro deste ano, um termostato da linha Nest foi flagrado no banco de dados da FCC (a Anatel dos EUA) os mesmos controles por gestos do Pixel 4, o que pode fazer muito mais sentido.
Fonte: CanalTech
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