Recife vai monitorar localização de celulares para coordenar ações de isolamento social

Dados de geolocalização serão usados de forma coletiva, diz prefeito

O prefeito de Recife (PE), Geraldo Julio, anunciou ontem que o poder público vai monitorar a localização de celulares na cidade. O objetivo consiste em obter dados de deslocamento dos habitantes para coordenar medidas de apoio ao isolamento social em meio à pandemia do novo coronavírus. O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria com empresa de inteligência em localização In Loco.

De acordo com Geraldo Júlio, foi criado um índice de isolamento que determina uma estimativa de cidadãos reclusos em suas casas. Essa informação servirá como subsídio para a prefeitura determinar outras ações nos bairros.

“Com o Índice de Isolamento, vamos poder direcionar esses carros [de som] para os bairros que estão cumprindo menos as medidas. Também podemos enviar notificações, em algum aplicativo que o usuário tenha instalado no celular“, disse o prefeito, em coletiva de imprensa.

O líder do executivo municipal ressalta que os dados das pessoas estão seguros e que a medida se trata de uma “ação direcionada ao coletivo, nada individual”.

Respaldo

A iniciativa do governo recifense encontra respaldo em uma decisão recente da Prefeitura do Rio de Janeiro. Na segunda-feira (23), a administração carioca anunciou parceria com a operadora TIM para o desenvolvimento de mapas de calor a partir de dados de localização de celulares, a fim de identificar aglomerações e avaliar se os cidadãos estão adotando as medidas cautelares contra a epidemia.

No exterior, o Reino Unido já emprega a analise de dados de localização de smartphones para ver se as pessoas estão seguindo as diretrizes de distanciamento social. Em Israel, não só monitora os usuários como envia alertas personalizados com recomendação de isolamento.

Coronavírus

Segundo balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, o Brasil contabiliza 2.201 casos confirmados e 46 mortes provocadas pela Covid-19. Pernambuco apresenta 42 diagnósticos positivos e nenhum óbito.

Já São Paulo segue como o estado mais afetado pela epidemia, com 810 casos; seguido do Rio de Janeiro com 305.

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