Aplicativo 99 Taxis inaugura serviço no Galeão e causa polêmica com taxistas

taxi, transporte, carro, veículos (Foto: Shutterstock)

Foi inaugurado recentemente, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), um serviço do aplicativo 99 Taxis. A partir de agora os motoristas cadastrados na plataforma digital, cerca de 33 mil taxistas e 15 mil particulares, terão 15 vagas reservadas na área de embarque do terminal 2, além de um estacionamento com capacidade para 100 veículos para que os motoristas aguardem os chamados. A novidade já gera descontentamento entre taxistas. José Martins, da cooperativa Aerocoop, está preocupado com uma eventual escassez de passageiros.

— O que já estava ruim ficou pior. O 99 cobra preço de Uber e não dá para competir com as tarifas deles porque só para a cooperativa pago R$ 1320 por mês. Estou trabalhando 15 horas por dia para ganhar pouco mais de R$ 2 mil por mês. Antigamente, tirava R$ 5 mil. Trabalho mais e ganho menos. Isso é justo? Desse jeito, a profissão de taxista vai acabar — reclama o motorista que está há cinco anos “na praça” e dois no aeroporto.

De acordo com Matheus Moraes, diretor de política e comunicação da 99, não há motivos para pânico, já que todo taxista pode se cadastrar no aplicativo:

— O 99 não rouba passageiro do táxi porque é, ao mesmo tempo, táxi e carro particular. No Rio, 33% dos usuários que entraram no 99 para usar o Pop (serviço de carros particulares), depois passaram a usar táxi. Tem espaço para todos. O passageiro que quer um carro com motorista experiente e livre acesso nos corredores de ônibus, pede táxi. Quem procura uma tarifa mais baixa, pede o Pop. Nossa chegada ao aeroporto é para oferecer um serviço rápido, barato, seguro e organizado.

O contrato de seis meses entre a concessionária RIOgaleão e o 99 prevê um lounge para o aplicativo no terminal 2.

— A expectativa é de um aumento significativo no número de usuários. Mesmo quem não tem o aplicativo baixado no smartphone pode se dirigir ao lounge, que tem serviço bilingue, para pedir um carro com a ajuda de um funcionário nosso — explica Moraes.

O chamado taxista “bandalha”, que leva um passageiro para embarcar e fica a espera de outro para deixar o aeroporto, acredita que a presença do aplicativo no embarque do terminal 2 vai ser prejudicial.

— Vão tirar passageiro da gente, claro! Já tem muito Uber no aeroporto e agora mais essa – protesta Leonardo Andrade, taxista que não é credenciado em cooperativa nem aplicativos.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Esta entrada foi publicada em Tecnologia e marcada com a tag , , , , , , , , , , , , , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.