Celular Wolverine: Material pode permitir que telas quebradas se regenerem

Quebrar a tela do celular é, em muitas vezes, o atestado de óbito do smartphone. O reparo é caro e muitas vezes vale mais a pena pagar um pouco mais para ter um aparelho novo. Mas e se o painel fosse capaz de se regenerar por conta própria? É o desafio que cientistas do departamento de química da Universidade da Califórnia em Riverside tentaram encarar.

Inspirados no personagem Wolverine e suas capacidades regenerativas, os pesquisadores desenvolveram um material transparente, esticável, que pode ser ativado eletricamente e, mais importante de tudo, pode se recuperar de danos. Eles imaginam o uso de tal material para avançar o desenvolvimento de baterias, robôs e dispositivos eletrônicos em geral.

A ideia do material que se recupera sozinho de danos não é exatamente nova. Em 2013, foi lançado o LG G Flex, que conseguia se regenerar de riscos e danos na sua traseira. O problema é que o material usado não era condutor de eletricidade, o que impedia o seu uso nas telas resistivas usadas nos celulares de hoje em dia.

Você pode ver no vídeo abaixo um pouco sobre o processo de regeneração. O material foi cortado com uma tesoura, e, após ser deixado descansar por 24 horas em temperatura ambiente, o corte se desfez, embora a marca ainda fosse visível, provavelmente de forma permanente. Imaginando o uso da tecnologia em um smartphone, talvez a “cicatriz” fosse um incômodo para o usuário, mas seria melhor do que ver a tela trincada de verdade.

 

Chao Wang, autor do artigo sobre o novo material, contou ao Business Insider que o interesse em materiais regenerativos nasceu justamente do seu apreço pelo personagem Wolverine, dos quadrinhos dos X-Men, publicados pela Marvel, que possui fator de cura e pode se recuperar até mesmo dos ferimentos mais graves, tornando-se praticamente imortal.

O cientista também espera ver a sua tecnologia saindo dos laboratórios e adotada pelo mercado em pouco tempo. Sua expectativa é que seja possível encontrá-la em produção em massa dentro de três anos.

Fonte: Olhar Digital

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