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Socorro para os patrões vira negócio na internet

Antes mesmo de as mudanças que ampliam os direitos do trabalhador doméstico entrarem em vigor, empresas criam serviços para facilitar o controle das contas pelos empregadores

Carolina Mansur

Enquanto o Congresso Nacional corre para regulamentar pontos importantes da Lei das Domésticas, alguns empreendedores da tecnologia da informação – setor que vem crescendo de forma destacada no Brasil, com alta de 4,4% em 2011, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – transformam o que ainda é um projeto em tramitação no Legislativo em negócio. Tanto que, mesmo antes da palavra final na definição dos direitos das domésticas, esses empresários começam a faturar com softwares que prometem facilitar a vida dos patrões.

Os portais especializados ajudam a organizar os pagamentos, geram guias, calculam benefícios e salários. Os aplicativos de celular oferecem um sistema moderno para o registro do ponto, em que o patrão consegue, de onde estiver, acompanhar o horário em que a doméstica começou e deixou o serviço. A regulamentação da PEC das Domésticas foi aprovada na comissão especial do Senado e esta semana deve ser votada no plenário da Casa e seguir para a Câmara e depois para a sanção da presidente Dilma Rousseff. A partir daí as regras se tornam obrigatórias.

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Na mão A empresa mineira MobTech (www.mobponto.com.br) também se adaptou às discussões para ter um modelo de negócio rentável focado apenas no registro de ponto. O desenvolvedor Guilherme Lucinda se uniu a um sócio, com quem desenvolveu um software de registro de ponto para celulares. Eles adaptaram o produto para as empregadas domésticas e, em um mês, viram cerca de 100 pessoas se render ao aplicativo. “A principal dificuldade do livro de ponto é fazer um controle transparente e o aplicativo vem para resolver isso, já que os patrões podem ver o registro do ponto em tempo real”, diz Guilherme. Para que os usuários se familiarizem com o aplicativo, o primeiro mês é gratuito e as mensalidades seguintes a partir de R$ 8,90.

Toda a operação começa no próprio site, onde é feito o cadastro. Depois disso, a marcação do ponto passa a ser feita nos aparelhos celulares das domésticas, que podem ser de qualquer operadora e dos modelos mais simples. Dentro da ferramenta, há ainda a opção de download para a impressão da folha de ponto do funcionário, onde aparecem as horas extras e as devidas pelos trabalhadores domésticos. “A ideia é atender os patrões que se queixam da dificuldade em acompanhar o horário de seus funcionários, já que ficam o dia todo fora de casa”, explica Otávio. Com o advento dos smartphones, que vêm ganhando o mercado e a preferência dos consumidores, o sócio-proprietário da MobTech conta que, para os próximos meses, a ideia é desenvolver uma versão do aplicativo para Android.

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