O Facebook surpreendeu a todos na quarta-feira (19) quando anunciou a compra do WhatsApp Messenger, popular mensageiro que já conta com cerca de 450 milhões de usuários mensais no mundo. Em poucas horas, o assunto tomou conta das redes sociais e ganhou até memes. Sobre o tema, há várias curiosidades, e até o Google está envolvido.
1) WhatsApp não terá anúncios, fique tranquilo
Por mais que seja uma estratégia adotada pelo Facebook de maneira feroz, a inclusão de anúncios não será uma realidade no WhatsApp, pelo menos por enquanto. Tanto o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, quanto o cofundador do mensageiro WhatsApp, Jan Koum, deixaram claro na conferência sobre a aquisição que a experiência no aplicativo vai continuar a mesma.
WhatsApp e Facebook Messenger (Foto: Luciana Maline/TechTudo)
“Nós pensamos que, para nosso produto, publicidade não é, necessariamente a maneira correta. Nós já temos um sistema de monetização muito sólido”, disse Koum logo após o anúncio do acordo.
Ele se refere ao pagamento de US$ 0,99 por ano por usuário como uma forma viável de manter o serviço livre dos incômodos banners de publicidade.
2) Google ofereceu US$ 10 bilhões
Ao que parece, o WhatsApp já estava sendo disputado nos bastidores há algum tempo. Fontes da “Fortune”, braço de finanças da CNN, afirmam que o Google havia oferecido US$ 10 bilhões ao WhatsApp antes de o Facebook chegar com sua incrível oferta de US$ 16 bilhões e levar o aplicativo.
No detalhe, o mascote Android recebe os visitantes na sede do Google Brasil (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
Além da soma em dinheiro muito superior, a empresa de Zuckerberg teria conquistado Jan Koum e sua equipe com assentos no conselho do Facebook, algo que o Google não teria oferecido.
Segundo rumores, o CEO do WhatsApp foi à casa de Zuckerberg no Dia dos Namorados (nos Estados Unidos comemorado em 14 de fevereiro; Valentine’s Day), e interrompeu um jantar íntimo para avisar que fecharia o acordo.
3) Cofundador do WhatsApp já foi rejeitado pelo Facebook
Aparentemente, a história também tem aquele componente curioso que leva um renegado de volta a quem o rejeitou no passado. Brian Acton, cofundador do WhatsApp, não conseguiu um emprego no Facebook em 2009.
Em 2009, cofundador do WhatsApp foi rejeitado pelo Facebook e postou no Twitter (Foto: Reprodução/Twitter)
O mais interessante é que, na época, Acton divulgou a recusa via Twitter: “Facebook me rejeitou. Foi uma grande oportunidade entrar em contato com algumas pessoas fantásticas. Estou ansioso para a próxima aventura da vida”.
Sem saber, ele estava registrando praticamente uma previsão de seu sucesso – afinal, sua “próxima aventura” lhe rendeu uma bela fortuna graças à venda do WhatsApp, fundado naquele mesmo 2009.
4) Os US$ 16 bilhões serão pagos, a maioria, em ações
Não há dúvida de que a venda do WhatsApp por um preço tão alto quanto US$ 16 bilhões é enorme – a maior até hoje de uma empresa inicialmente financiada por fundos de investimento. Porém, só 25% desse valor será pago em dinheiro – o restante será entregue em ações do Facebook.
Serão, portanto, US$ 12 bilhões em ações do Facebook transferidas para os antigos donos do WhatsApp, que agora também detêm uma parte significativa da rede social. Vale notar que, horas após o anúncio do acordo, as ações da rede social entraram em queda, variando entre -5% e -2,5%.
Nesse valor não estão sendo contabilizados, ainda, US$ 3 bilhões pagos à parte para os cofundadores e 55 funcionários do WhatsApp, que ainda poderão adquirir mais ações do Facebook em quatro anos.
5) WhatsApp cresceu mais rápido que Facebook nos últimos 4 anos
Não foi à toa que Facebook e Google tenham mostrado interesse pelo WhatsApp. Segundo informações divulgadas pela prórpia rede social, o WhatsApp cresceu em quatro anos três vezes mais que o Facebook. Nos seus primeiros quatro anos de vida, a rede social conseguiu cerca de 145 milhões de usuários, contra 450 milhões do mensageiro que opera exclusivamente em smartphones.
WhatsApp cresceu mais que Skype, Twitter, Gmail e o próprio Facebook nos primeiros 4 anos (Foto: Reprodução/Facebook)
A curva de crescimento do WhatsApp está tão acelerada que o serviço pode estar perto de alcançar 1 bilhão de usuários em pouco tempo – algo que o próprio Facebook conseguiu somente com oito anos de atividade, em 2012.
Fonte: TechTudo