Como descobrir se o seu celular é roubado?

Saiba como identificar se um aparelho tem procedência duvidosa e evite cair em golpes

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O roubo de celulares não para de crescer no Brasil. Informações publicadas pela Anatel em dezembro do ano passado indicam que mais de 1,5 milhão de aparelhos foram roubados nos últimos 12 meses no país. Nesse cenário, não é difícil imaginar que a chance de encontrar um celular roubado ao comprar um aparelho usado aumenta consideravelmente.

Entretanto, isso não significa, em hipótese alguma, que comprar um celular usado seja um mau negócio. Muitas vezes, o aparelho que não serve mais para uma pessoa é exatamente o que você precisa e não há razão para pagar mais caro no produto se você tiver a oportunidade de conseguir um belo desconto.

Contudo, identificar se um aparelho é roubado ou não é o primeiro passo para não cair em um golpe e acabar vendo o seu smartphone ser bloqueado da noite para o dia. Nesse artigo, indicamos o que você deve fazer antes de comprar um celular usado de forma a descobrir se o modelo em questão foi roubado ou não.

A primeira coisa: cheque o IMEI

Quando falamos de um celular usado, não há nada mais importante do que checar o chamado IMEI. O termo é uma sigla em inglês para Identificação Internacional de Equipamento Móvel e funciona como uma espécie de RG do aparelho. Trata-se de um número único, intransferível e que pode ser reconhecido no mundo.

Assim como um carro tem o número do chassi, que não pode ser adulterado, o mesmo acontece com o IMEI. Portanto, o primeiro passo é descobrir qual é o número IMEI do aparelho em questão. Há várias formas de fazer isso e uma delas é olhar na parte de trás da caixa do produto ou internamente, no manual de instruções.

Não é uma obrigatoriedade, mas algumas empresas incluem por lá essa informação em forma de etiqueta, o que torna muito mais fácil a consulta. Se o produto não tiver uma caixa ou se essas informações não estiverem lá, não tem problema: há outros meios de conferir o código.

Descobrindo o número do IMEI

Se você estiver com o celular em mãos, é muito simples obter o número do IMEI. Para descobrir o código, digite *#06# no teclado e toque em “Ligar”. Em questão de segundos o aparelho vai retornar para você uma mensagem de texto, informando o número do IMEI. Esse procedimento é válido tanto em modelos com o sistema operacional Android quanto iOS.

Se você estiver longe e não puder fazer esse procedimento, peça ao vendedor para que faça isso e informe a você o número. De posse do IMEI você poderá checá-lo para ver se consta alguma irregularidade. E fazer isso também é muito simples. Basta acessar o site Consulta Aparelho Impedido.

Ao acessar a página, clique no botão “Consultar IMEI” e digite ou cole o código que você anotou. Preencha os caracteres de segurança e, depois, clique em “Consultar”. O resultado do número de registro vai aparecer. Há duas opções possíveis:

  • Se o resultado for “não cadastrado na base” é sinal que está tudo certo com o aparelho e que você pode comprá-lo sem medo, pois nenhuma denúncia de roubo foi feita em relação a ele.
  • Se o resultado for “impedido” nós recomendamos que você desista imediatamente da compra. Esse termo indica que há alguma coisa de errado com o produto e possivelmente alguém bloqueou o aparelho.

Sem nota fiscal? Redobre a atenção!

Mesmo que na hora da consulta do IMEI não apareça nenhum problema, ainda assim isso não significa necessariamente que o modelo não é roubado. Isso porque o IMEI é bloqueado apenas quando o usuário liga para a sua operadora e informa o número, comunicando o roubo. Entre o momento da informação e o bloqueio efetivo do IMEI pode levar até 48 horas.

É por isso que muitas vezes os bandidos tentam se livrar o mais rápido possível dos smartphones roubados, vendendo os aparelhos por preços muito abaixo do que eles realmente valem. Nesse caso, o consumidor compra, mas dias depois descobre que tem diante dele um problema: segundo a Anatel, até o mês de maio todos os aparelhos com IMEI bloqueado deixarão de funcionar completamente.

Para não ser vítima de problemas como esse, outro conselho é não comprar aparelhos usados que não tenham uma nota fiscal. O documento é a sua garantia em caso de necessidade de troca e indica que há uma procedência fiscal comprovada. Sem nota fiscal, você não poderá nem mesmo fazer um seguro para celular, já que esse documento é uma das exigências das seguradoras.

Evite o barato que sai caro

É claro que muitas vezes é difícil resistir à tentação de ver um aparelho com preço tão baixo e não comprar. Mas é importante pensar que só existe roubo de smartphones porque há mercado para os produtos roubados, ou seja, as pessoas continuam comprando, ainda que não saibam do risco que estão correndo.

Por isso, nosso conselho é que você minimize as chances de dor de cabeça e siga esse simples passo a passo de verificação antes de comprar um produto usado. Evitando comprar um aparelho que foi bloqueado certamente você está colaborando para que o roubo desse tipo de produto se torne cada vez menos atrativos para os bandidos.

Fonte: BemMaisSeguro

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