Uma empresa russa chamada Elcomsoft revelou recentemente um método que permitia visualizar anos de históricos de navegação de usuários do Safari por meio do sistema de armazenamento do iCloud. Além de conseguir acessar nomes e URLs dos sites, também era possível descobrir quando determinada página foi acessada.
Mais preocupante, no entanto, é o fato de que os registros de navegação apagados ainda permaneciam lá, apenas recebendo uma etiqueta de “deletados”. O caso é mais grave no macOS; embora os registros também sejam visíveis no navegador do iOS, lá ao menos os sites são cifrados, nas versões mais recentes do sistema.
O caso veio a público quando a Forbes repercutiu a informação, e só então a Apple pôde agir; felizmente, com alguma rapidez. Algumas horas depois, a empresa fechou a porta sem precisar de nenhuma atualização, mexendo apenas em seus servidores, deletando todos os registros que datavam de mais de duas semanas. A Elcomsoft reconheceu a alteração em seu blog oficial, parabenizando a companhia pela ação, mas continuou pedindo uma explicação.
A Apple não deu uma justificativa oficial, mas o iCloud usa as informações para sincronizar os históricos de navegação entre vários dispositivos que usam o Safari; apague o histórico em um, e os outros aparelhos também terão a informação apagada, mesmo se estiverem desligados. Para fazer isso, é necessário um registro de que determinado site foi visitado e apagado, pelo menos temporariamente. No entanto, a Elcomsoft achou registros datando de novembro de 2015, o que significa que alguma coisa estava errada.