O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, anunciou, pelas redes sociais, o lançamento de medida para o bloqueio mais rápido de celulares roubados ou furtados. Segundo Cappelli, a iniciativa será batizada de “Celular Seguro”.
“Vamos lançar na próxima terça-feira uma iniciativa que vai transformar os celulares roubados num pedaço de metal inútil. Com apenas um clique, a vítima enviará um aviso simultaneamente para a Anatel, para as operadoras, para os bancos, para as operadoras de telefonia e para os demais aplicativos”, escreveu o secretário em sua conta na plataforma X.
A ideia é lançar um aplicativo e um site onde o usuário poderá cadastrar previamente seu celular para que, em caso de furto ou roubo, pessoas de confiança possam bloquear o aparelho.
O serviço disponibilizado pelo Ministério da Justiça terá como responsabilidade a coleta de informações relativas ao aplicativo e a comunicação aos participantes quando solicitado pelo usuário.
A iniciativa conta com a parceria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ABR Telecom, encarregada de receber as comunicações enviadas pelo usuário para bloqueio do terminal telefônico em até um dia útil após a comunicação, e com os bancos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Inter, Sicredi (Sistema de Crédito).
Na semana passada, Cappelli se reuniu com representantes das operadoras de telefonia para discutir a ideia. Nas redes sociais, ele também anunciou a adesão dos bancos e da Anatel à proposta.
No mesmo dia, o secretário desabafou que “ninguém aguenta depois de ter o celular roubado ou furtado ficar na central de atendimento tentando fazer registro”.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, registram que o Brasil teve um crescimento de 16,6% de furtos e roubos de celulares no período de um ano, saindo de 853 mil casos em 2021 para 999,2 mil ocorrências em 2022.
A média é de 114 celulares roubados por hora no país, ou dois a cada minuto. Os estados onde se registram mais ocorrências desse tipo são o Rio de Janeiro e a Bahia.
Esse tipo de crime acentuou no período da pandemia de Covid-19, que deu maior destaque ao comércio eletrônico a partir de aplicativos nos celulares, além do avanço em função da criação do PIX, que facilitou as operações de transferência de valores a partir dos aplicativos dos bancos.
Fonte: DeFato