Pelo visto, o ano de 2020 está sendo de muitas recordações não só por conta da nostalgia aos tempos anteriores à pandemia do novo coronavírus, mas também pelo ressurgimento de alguns aplicativos como o FaceApp (Android e iOS), que fez sucesso há exatamente um ano ao envelhecer o rosto dos usuários em fotos.
O programa ressurgiu como um dos assuntos mais comentados no Twitter no último sábado, com milhares de postagens em que o gênero das pessoas é alterado nas imagens. Vários famosos, como o Papa Francisco, personalidades da internet como Maisa Silva e o ator Chris Evans, conhecido por interpretar o Capitão América nos cinemas, viralizaram na rede social. Confira:
Eu tô rindo aqui mais tô com medo agora de ir pro inferno, eu meti o papa Francisco no FaceApp e agora o Papa tá parecendo minha professora!
?????? pic.twitter.com/hD3j7TwxaQ— Levy Haikonen ????? (@LevyHaikonenCE) June 13, 2020
fui zoar no faceapp e fiquei chocada com a maisa pic.twitter.com/3Sx1DSUnVo
— ✧ ᴀ ɴ ɢ ᴇ ʟ ɪ ᴄ ᴀ ✧ (@lastsummendesx) June 13, 2020
Parabéns Chris Evans! Eu pegava sua versão feminina. #faceapp #HappyBirthdayChrisEvans pic.twitter.com/kXQ8FRnuKk
— Ferb brasileiro (@Espindeqiabento) June 13, 2020
Política de privacidade frouxa e histórico racista
Apesar da proposta divertida, o aplicativo de origem russa, que soma mais de 100 milhões de instalações na Google Play Store, foi alvo de discussões sobre privacidade e ciberespionagem, inclusive sendo investigado pelo FBI, por conta de sua política de privacidade vaga, com muitas brechas que preocupam em relação à proteção dos dados do usuário.
Entre os trechos polêmicos da Política de Privacidade do FaceApp está um que diz o seguinte:
“Usamos ferramentas de estatísticas de terceiros para nos ajudar a mensurar o tráfego e as tendências de uso do Serviço. Essas ferramentas coletam informações enviadas pelo seu dispositivo ou nosso Serviço, incluindo as páginas web que você visita, add-ons e outras informações que nos ajudem a melhorar o Serviço. Coletamos e usamos estas informações estatísticas com informações estatísticas de outros Usuários, assim ela não pode ser usada para identificar qualquer Usuário em particular”.
Ou seja, ao concordar com isso no momento de instalação do app o usuário autoriza que o FaceApp e empresas parceiras possam coletar dados como o histórico de navegação na internet, por exemplo.
Para piorar a situação, a inteligência artificial do aplicativo ainda foi acusada de racismo ao embranquecer pessoas negras a partir de um filtro de “embelezamento” para tornar a selfie do usuário “mais sexy”. Na época, a Wireless Lab OOO, desenvolvedora do app pediu desculpas publicamente pelo ocorrido.
Fonte: CanalTech
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