Uma parceria entre a Nasa e pesquisadores da University of Nebraska-Lincoln, nos EUA, desenvolveu o primeiro mapa global apresentando a quantidade de água em várias camadas do subsolo de nosso planeta. A agência espera que o mapa seja útil para monitorar o suprimento global de água à medida que nosso planeta aquece cada vez mais.
Os mapas foram criados com base em dados obtidos pelos satélites “Gravity Recovery and Climate Experiment Follow On” (GRACE-FO), lançados no ano passado. Eles analisam o campo gravitacional da Terra e são capazes de detectar variações causadas pela movimentação de gelo e água no solo.
Os dados do GRACE-FO são combinados a modelos computacionais para gerar mapas que mostram a disponibilidade de água ao longo do tempo em três níveis: na superfície, na região das raízes das plantas (cerca de 1 metro de profundidade) e no subsolo. Esta informação pode ajudar a prevenir desastres como grandes secas causadas pelo esgotamento de aquíferos subterrâneos, ou enchentes devido à saturação do solo.
Além da quantidade atual de água no solo, os dados podem ser correlacionados a observações passadas e outras fontes de informação para criar previsões da quantidade de água no solo nos próximos um a três meses.
“As secas são geralmente bem conhecidas quando ocorrem em países desenvolvidos. Mas quando há uma seca na África Central, por exemplo, isso pode não ser percebido até causar uma crise humanitária. Por isso, é valioso ter um produto como este, onde as pessoas possam dizer: Ei, está realmente seco lá e ninguém está percebendo”, disse Matt Rodell, hidrólogo do Goddard Space Flight Center da Nasa.