Todos que utilizam o aplicativo Waze sabem que um de seus principais recursos é mostrar se há acidentes ou barreiras impedindo o tráfego. E é comum os motoristas alertarem localizações de blitze, posto de oficiais e radares, para evitar que os condutores na região levem multas. Essa atitude é recorrentemente criticada por parte das autoridades e agora a polícia de Nova York decidiu ser mais rígida com o app e sua empresa-mãe, o Google.
O próprio Google Maps vem construindo um sistema semelhante e a bronca do New York Police Departament (NYPD) é a mesma de outras delegacias: com os avisos, os infratores podem driblar facilmente os sensores de velocidade e as batidas policiais. O órgão emitiu uma ordem para a companhia dar um jeito nisso, sob pena de ação judicial.
“As pessoas que postam os locais de blitz podem estar envolvidas em conduta criminosa, uma vez que tais ações podem ser tentativas intencionais de impedir e/ou prejudicar a administração das leis de trânsito e outras leis criminais relevantes. A publicação dessas informações para consumo público é irresponsável, uma vez que serve apenas para ajudar motoristas com problemas físicos e embriagados a evitá-los e incentivar a direção imprudente. Revelar a localização dos postos de controle coloca em risco os motoristas, seus passageiros e o público em geral”, argumenta o documento do NYPD.
Google responde e não parece desistir da funcionalidade
Um porta-voz da empresa falou ao The Verge sobre o assunto: “segurança é uma das principais prioridades ao desenvolver recursos de navegação no Google. Acreditamos que informar os pilotos sobre radares de velocidade futuras permite que eles sejam mais cuidadosos e tomem decisões mais seguras quando estiverem na estrada”.
Vale destacar que não é a primeira vez que o Google e o Waze são alvos dessas críticas. Um grupo da Associação Nacional dos Xerifes dos Estados Unidos pediu a remoção dos alertas em 2015. Alguns oficiais chegaram a publicar falsos radares de velocidade no Waze e a Apple já cedeu a pedidos no Congresso, limitando a postagem de alertas em aplicativos de trânsito somente sob autorização das agências de segurança.
Como o Google vem liberando interações de usuários e avisos de radares aos poucos no Google Maps e o Waze acaba de lançar sinais de onde ficam os beacons rastreadores em alguns túneis de Nova York, não parece que a bronca do NYPD vá surtir muito efeito tão cedo.