O Android, sistema operacional mobile da Google, saiu na frente no setor automotivo: a Volvo e a Audi anunciaram que o SO será a escolha das fabricantes para gerir as ferramentas multimídia e operacionais de seus veículos. O anúncio veio poucos dias antes do Google I/O 2017.
Basicamente, as marcas utilizarão o Android Nougat 7.0 para administrar a tela touchscreen dos automóveis e as dashboards por trás do volante. O grande destaque é a integração do Google Assistant com o Android Auto. Porém, o sistema operacional deve cuidar apenas das partes de lazer ou de dados de performance do veículo, ou seja, nenhum sistema vital será influenciado.
A Volvo está visando mais o futuro, pois disse em comunicado que o próximo carro a ter Android sairá dentro de um período de 2 anos. Em contrapartida, a Audi já tem planos mais palpáveis, já que o modelo conceito do Q8 Sport já será apresentado com o sistema da Google. Mas a essa altura você deve estar se perguntando: o que isso muda com o que já temos atualmente?
Puro, e não feito sobre outro sistema
A grande diferença entre os novos sistemas da Volvo e Audi e dos atuais que usam Android é bem simples, mas fundamental: a maioria dos sistemas de info-entretenimento são construídos pela própria fabricante e só então recebem uma API com recursos do SO da Google. Em outras palavras: os automóveis em questão virão com o Android puro.
Explicando ainda melhor: o SO dos veículos não precisará de um smartphone, já que o sistema inteiro está ali, dispensando o uso da conexão com o smartphone. A ideia é que o Android seja código aberto como a sua versão para celulares, algo que dá margem para o usuário usar o Android Auto ou até mesmo o CarPlay da Apple.