Até então uma fantasia vista em filmes de ação como os da série “Missão: Impossível”, os dispositivos eletrônicos autodestrutivos estão mais próximos do que nunca de se tornarem realidade.
Um time de pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah (Kaust), da Arábia Saudita, desenvolveu um mecanismo que é capaz de destruir aparelhos como smartphones e laptops dentro de 10 segundos, e sem causar riscos para o usuário.
O esquema funciona com base em um polímero expansível que chega a sete vezes o seu tamanho quando aquecido a temperaturas acima de 80ºC. Esse calor pode vir dos eletrodos que abastecem a bateria do dispositivo e, apesar de o ideal ser obter um fornecimento entre 500 e 600 miliwatts para que a destruição ocorra em 10 segundos, com 300 miliwatts ainda é possível promover a ação, mas ela levaria cerca de um minuto.
Segundo reporta o IEEE Spectrum, os pesquisadores testaram vários cenários do tipo “Missão: Impossível”. Um dos testes envolvia o acionamento do mecanismo via GPS, com o dispositivo a ser apagado estando a mais de 50 metros de distância. Em outro, a autodestruição foi ativada por um sensor de luz, pensando em uma situação em que o aparelho só funciona se estiver confinado em um ambiente específico. Também teve experimento com sensores de pressão: se alguém tentar forçar a abertura do dispositivo, ele se destrói. Até via app dá para acionar o recurso.
Antes de soltar a novidade no mercado, eles pretendem aperfeiçoar o método para que seja possível aplicá-lo a partes específicas de um dispositivo. Assim, seria possível apagar apenas a memória de um computador, por exemplo. Quando estiver disponível para venda, o esquema custará algo em torno de US$ 15 (R$ 47), e ele poderia ser aplicado até a aparelhos que já estão à venda, bastando fazer pequenas modificações internas.