A fabricante brasileira de celulares Rockcel pretende vender 500 mil celulares até o fim de 2017, abocanhando cerca de 1% do setor de smartphones.
Para chegar lá, a companhia fundada pelos brasileiros Henrique Ferreira, Aldo Moino (ex-Sony Ericsson) e José Ferreira abriu uma fábrica no interior de São Paulo, com capacidade de manufaturar 120 mil aparelhos por mês.
“Queremos vender 500 mil aparelhos até o final de 2017, tomando 1% do mercado de smartphones”, diz José Ferreira.
Atualmente, a empresa conta com dois celulares: o Quartzo, de R$ 399; e o Opalus, de R$ 529.
Ambos contam com sistema operacional Android e boas características técnicas, mas apenas para quem está entrando no mercado de celulares inteligentes – como câmera traseira de 8 MP e armazenamento de apenas 8 GB.
Os dois aparelhos, porém, não contam com conexão 4G, algo já presente em aparelhos do mesma faixa de preço. Para o ano que vem, a empresa planeja um modelo com configurações mais avançadas, com tela de 6 polegadas.
Nós competimos com marcas como Alcatel e Positivo, que apresentam celulares de preço menor e mais acessíveis”, afirma o presidente executivo da empresa, José Trabulse Ferreira.
“Mas nós queremos mostrar para as pessoas que é possível ter um bom smartphone por um preço baixo, feito no Brasil. Somos feitos de brasileiros para brasileiros.”
Trata-se de uma meia verdade, porém: a Rockcel tem uma forte parceria com a chinesa Spreadtrum Communications: toda a interface dos aparelhos, bem como chips e estruturas, é feita na Ásia.
Por aqui, o aparelho apenas é montado e, por fim, distribuído. A marca entrou no mercado apenas em julho deste ano, quando começou a repassar aparelhos para varejistas em alguns estados do País, como o Rio de Janeiro. Nos próximos dias, os aparelhos da Rockcel devem chegar a São Paulo.