Se um dia você já decidiu viver perigosamente e saiu de casa sem um powerbank para o seu celular, já deve ter se deparado com a seguinte situação: o aparelho simplesmente “morrer” mesmo que, segundos antes, indicasse que ainda tinha por volta de 5% de energia restante. Afinal, esse recurso restante foi consumido em tempo recorde? Seu dispositivo mentiu para você? O que fazer caso ele tenha desligado no momento que eu ia realizar uma tarefa importante? Calma, quase todas essas perguntas tem uma resposta!
A falta de precisão na leitura da bateria, no geral, se dá por conta do modo como esse componente funciona. O site Wirecutter comparou a peça a um grande barril selado cujo interior não pode ser visto de fora, realizando uma série de reações químicas para gerar energia para o dispositivo – impossibilitando a adição de um sensor interno ao kit.
Entendendo as possibilidades
Assim, com a medição sendo um tanto limitada, o jeito foi se apoiar em uma série de cálculos matemáticos baseados na performance padrão da bateria e no uso do smartphone para que seja possível exibir uma estimativa aproximada de energia restante. O problema é que, ainda que a tecnologia desse setor esteja cada vez mais avançada e os algoritmos sejam refinados de tempos em tempos, eles ainda são suscetíveis a falhas – com isso se agravando dependendo de outras condições de hardware, claro.
De forma resumida, são quatro os motivos que podem fazer com que o seu celular tire uma soneca antes do planejado e acabe deixando você na mão em um momento crucial. Confira abaixo a lista desses itens para não culpar os fatores errados pelo caso – e para evitar de jogar o dispositivo contra a parede.
1) Dois mais dois igual a… um?
Como se tratam de operações e cálculos matemáticos que tentam prever a porcentagem da sua bateria, o fato é que, de vez em quando, o sistema simplesmente erra na leitura. Acredite, apesar dos pesares, esse ainda é o método mais confiável para realizar esse tipo de medição. Se preferir, entenda como: poderia ser muito, muito pior.
2) De olho no relógio
Conforme o tempo passa, a bateria passa a perder, pouco a pouco, o seu desempenho. O resultado desse distanciamento para o potencial original do componente faz com que o algoritmo se perca ainda mais na análise da carga. Ou seja, é bom se preparar para medições mais “soltas” caso seu aparelho tenha uma certa idade.
3) Pó de Diamante!
Eventualmente, o processo químico da bateria faz com que alguns cristais se formem próximo aos conectores da peça, fazendo com que a capacidade de medir a energia fique ainda mais comprometida – causando mais leituras erradas em porcentagens baixas.
4) Cada um tem sua própria estratégia
Por fim, dependendo da fabricante, do modelo de celular e do sistema operacional, o próprio gerenciamento da bateria é feito de modo diferente. Alguns smartphones, por exemplo, forçam o desligamento prévio para que a energia restante ajude a preservar dados e configurações do sistema. Outros por sua vez, deixam você usar cada gota do recurso, até ele ficar zerado – um método usado geralmente em equipamentos com bateria removível.
Com isso, dá para entender que, ainda que a medição de carga nos dispositivos móveis não seja 100% confiável, ela faz o melhor trabalho que pode. O mais indicado, então, caso você dependa de um celular bem alimentado para suas atividades externas, é levar alguns apetrechos extras à tiracolo – como baterias extras, carregadores portáteis e conectores USB com adaptador para tomada.