A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) divulgou que está monitorando um grupo no aplicativo de mensagens Telegram para colher informações e ajudar os órgãos especializados a evitar possíveis ataques do califado terrorista Estado Islâmico ao Brasil, principalmente durante as Olimpíadas do Rio.
De acordo com a Abin, o grupo em questão faz referência a agência de notícias utilizada pelo califado para transmitir seus manifestos, a Nashir News Agency.
A instituição também se mostra preocupada que as redes sociais e aplicativos de mensagens estejam sendo utilizados pelos terroristas para recrutar jovens à causa. “As organizações terroristas têm empregado ferramentas modernas de comunicação para ampliar o alcance de suas mensagens de radicalização direcionada, em especial, ao público jovem”, informa por meio de nota.
Já segundo a empresa de monitoramento de terrorismo SITE Intelligence Group, o grupo foi criado em 29 de maio e, após uma série de mensagens em outros grupos do app anunciando a procura por simpatizantes do Estado Islâmico e que falassem português, a comunidade conseguiu reunir mais membros. O número total de participantes é desconhecido.
A divulgação de um relatório que aponta possíveis ataques ao país já está ajudando os departamentos policiais brasileiros na prevenção de atentados. Em Santa Catarina, uma investigação da Polícia Federal exigiu o monitoramento de um homem na cidade de Chapecó suspeito de planejar atos terroristas.
O investigado em questão era Ibrahim Chaiboun Darwiche que já está no radar da PF há três anos e, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, tem indícios de ter participado de um treinamento militar na Síria, país que tem parte de seu território controlado pelo califado.
O Telegram é um aplicativo de conversação mais seguro do que os tradicionais Messenger e WhatsApp. Ele garante que a criptografia das mensagens é reforçada. Sendo assim, já é de conhecimento das autoridades do mundo todo que ele é um dos aplicativos utilizados pelo Estado Islâmico.