Embora o mercado brasileiro esteja repleto de dispositivos interessantes – seja para usuários que buscam um desempenho de ponta, seja para usuários que procuram um aparelho mais acessível – nem todos os smartphones legais do mundo são vendidos por aqui.
Em geral, isso acontece por motivos econômicos: investir no mercado brasileiro pode não ser lucrativo para a fabricante; ou ela não enxerga vantagem competitiva para o seu produto; ou então prefere apostar em outros mercados.
De qualquer maneira, selecionamos abaixo sete bons dispositivos que, infelizmente, não devem dar as caras em território brasileiro num futuro próximo. Confira:
OnePlus – 2
A OnePlus é uma empresa chinesa fundada em 2013 com o objetivo de fazer smartphones que oferecessem bom desempenho a preços acessíveis. Por enquanto, ela só tem dois smartphones: o OnePlus One e (é claro) o OnePlus Two. Infelizmente nenhum deles tem sequer previsão de chegar ao Brasil.
Infelizmente porque eles não fazem feio: o OnePlus Two, mais recente, tem um processador Snapdrago 810 octa-core, com quatro núcleos a 1,7GHz e quatro a 1,5GHz, 3GB ou 4GB de RAM, bateria de 3300 mAh, 16GB ou 64GB de memória (sem slot para cartão microSD), tela Full HD de 5,5 polegadas, câmera frontal de 5MP e câmera traseira de 13MP.
Huawei – Mate S
A gigante chinesa Huawei foi fundada em 1987, e atualmente vende seus aparelhos em mais de 140 países, atendendo a 45 das 50 maiores operadoras de telefonia do mundo. Apesar disso, seus smartphones ainda não chegaram ao mercado brasileiro. Se esse fosse o caso, porém, provavelmente seu novo dispositivo, o Mate S, chegaria até nós.
Com lançamento esperado para setembro, o Mate S possui uma tela de 5,5 polegadas Full HD, processador HiSilicon Kirin octa-core (com 4 núcleos a 2,2GHz e 4 a 1,5GHz)3GB de RAM, 32GB, 64GB ou 128GB de memória (com slot para cartão), câmera traseira de 13MP e frontal de 8MP.
HTC – One M9
Além da Huawei e da OnePlus, outra fabricante chinesa que não vende seus dispositivos no Brasil é a HTC. Talvez seus smartphones de mais sucesso lá fora sejam os da linha One, que é semelhante à linha Galaxy da Samsung no sentido de que ela concentra as principais inovações e experiências que a empresa deseja fazer com seus dispositivos.
O último aparelho da linha, o HTC One M9, não fica devendo muito aos dispositivos intermediários mais altos que são vendidos por aqui: ele tem uma tela Full HD de 5 polegadas, processador Snapdragon 810 octa-core com 4 núcleos a 2GHz e 4 a 1,5GHz, 3GB de RAM, 32GB de armazenamento (com slot para cartão), câmera traseira de 20MP e frontal de 4MP.
Acer – Liquid X2
Se você acha que um celular dual-SIM não é suficiente, o Liquid X2 é o smartphone para você: ele permite que o usuário use simultaneamente três chips diferentes. Essa não é a sua única característica fora da curva: o aparelho da Acer, lançado esse ano, também possui uma bateria enorme de 4000 mAh – a do Samsung Galaxy S6 Edge +, para comparação, tem 3000 mAh.
As demais configurações do Liquid X2 são bastante boas, embora não tão surpreendentes quanto essas. Ele possui um processador octa-core 64-bits, tela de 5,5 polegadas e câmeras de 13MP (sim, tanto a frontal quanto a traseira, sendo que a traseira tem abertura f/1.8). É bem provável que os 4000 mAh da bateria permitam que um smartphone com essas especificações funcione por uns 2 dias sem precisar de carga.
Amazon – Fire Phone
A Amazon é uma empresa conhecida por muitos motivos – sua loja, seu e-reader (o Kindle), seus serviços de computação na nuvem – mas poucos sabem que a empresa também já se aventurou a fazer um smartphone. Um dos motivos disso foi o fato de o Fire Phone, com sua interface inovadora, não ter sido lançado no mercado brasileiro.
Em termos técnicos, ele é interessante: tela de 4,7 polegadas com resolução 1280×720, processador Snapdragon 800 quad-core de 2,2GHz, 2GB de RAM, 32GB ou 64GB de RAM (sem espaço para cartão), câmera traseira de 13MP e frontal de 2,1MP. Seus principais diferenciais, no entanto, eram funcionalidades que a Amazon desenhou especialmente para ele, como o Firefly, que usava as câmeras do dispositivo para identificar (segundo a empresa) qualquer objeto do mundo.
Lenovo – Vibe Z2 Pro
A Lenovo é dona também da Motorola, e gerencia as duas marcas – um dos possíveis motivos para os smartphones da Lenovo não serem vendidos no Brasil, ainda que os seus notebooks sejam, seria para evitar que eles concorram com os dispositivos da Motorola, que já é bem colocada no nosso mercado.
Caso eles fossem, porém, seria legal ver a empresa trazer seu modelo Vibe Z2 Pro para cá. Ele possui uma tela de 6 polegadas com resolução 2K (2560×1440 píxels), processador Snapdragon 801 quad-core de 2,5GHz, 3GB de RAM, 32GB de armazenamento (sem slot para cartão), câmera traseira de 16MP e frontal de 5MP, com uma bateria de 4000 mAh energizando o aparelho.
Huawei + Google – Próximo Nexus
Embora o Nexus 4 e o Nexus 5 – ambos criados em parceria pelo Google e pela LG – tenham vindo ao Brasil, o mais recente Nexus 6, parceria entre a gigante das buscas e a Motorola, nunca chegou até nós. Um possível critério que tenha impedido sua chegada é o tamanho da tela: ele tinha quase 6 polegadas de tela.
Esse ano, no entanto, dois novos dispositivos Nexus devem chegar ao mercado. Segundo rumores, um deles será feito em parceria com a LG e o outro com a chinesa Huawei. A parceria entre Google e LG deve se chamar Nexus 5X, e deve ter uma tela com resolução 2K de 5,2 polegadas. O outro dispositivo, por sua vez, deve ter uma tela de 5,7 polegadas. O mais provável, portanto, é que apenas o dispositivo da LG chegue até nós, tanto por ter a tela menor quanto por ser da LG, empresa que já colocou os Nexus 4 e 5 no mercado brasileiro.