Quantos aparelhos você pode carregar em sua bolsa ou mochila além do seu Smartphone? Um tablet, uma câmera, um e-reader ou até mesmo um segundo smartphone. Isso é muita coisa para carregar. Pior, você perde tempo alternando entre os dispositivos e navegando nas peculiaridades de cada um. Imagine que em vez disso, você pode ter um único aparelho que pode ter a estrutura modificada para atender às suas necessidades?
Esse é o tipo de Smartphone que pesquisadores da Universidade de Hasselt, na Bélgica, estão construindo. Chamado de “Paddle”, o protótipo é projetado em torno de princípios de engenharia que derivam do quebra-cabeça Rubik. É um quebra-cabeça dobrável e constitui oito quadrados moldados que podem ser transformados em diversas formas. Durante sete meses de estudo, os pesquisadores criaram um telefone que pode ser transformado em várias formas em alguns passos simples.
“No momento, nosso protótipo Paddle suporta cerca de 15 formas diferentes, mas este número aumenta a cada dia”, diz Raf Ramakers, um estudante de doutorado em Interação Humano-Computador da Universidade. “Quando desdobramos o Paddle completamente é quase do tamanho de um iPad, mas ao dobrá-lo,ele pode tornar-se menor do que um iPhone.”
O design atual do Paddle faz uso de dois componentes externos: um sistema de rastreamento óptico e um projetor. O sistema de rastreamento é composto por oito câmeras infravermelhas que iluminam o ambiente. As câmeras capturam a luz refletida de pequenos marcadores reflexivos infravermelhos (como o material usado em refletores em bicicletas). O sistema calcula a posição de cada marcador refletido em 3-D através da combinação de imagens de todas as câmeras. Os dedos do usuário também são rastreados para permitir a interação de toque no dispositivo.
O projetor mapeia a interface de usuário para o dispositivo e também distorce o dispositivo em resposta aos movimentos do usuário. A equipe pretende criar um protótipo que é totalmente autônomo através da substituição do sistema de rastreamento externo com monitores minúsculos integrados como O-LED e E InK que são sensíveis aos movimentos do usuário. Eles esperam ter um protótipo funcional entre 12 a 18 meses.
O Paddle também poderia fornecer um alívio para aqueles que lutam com telas sensíveis ao toque, como os idosos. Com o Paddle, eles poderiam manipular um único dispositivo móvel – que operam com movimentos naturais – facilitando o aprendizado.
Fonte: Zupi