Startup analisa a qualidade do sinal de celular nos estádios da Copa

Família faz selfie em frente a Arena da Baixada

A essa altura da Copa do Mundo, já dá para saber quais seleções são candidatas a trending topics e quais estão prestes a se juntar ao Orkut. Para alguns torcedores, porém, além de bola na rede, o jogo só vale a pena mesmo quando uma boa “selfie” é publicada no Facebook ou quando um vídeo dos gritos da torcida vão parar no Instagram. É preciso antes saber quais as operadoras de telefonia batem um bolão dentro dos estádios.

Para ajudar o fã de futebol conectado, o aplicativo Crowdmobi fez um levantamento da qualidade do sinal das operadoras em cada um dos 12 estádios-sede.

Criado há pouco menos de um ano, o app mede a qualidade do sinal no lugar onde o aparelho estiver e registra ligações telefônicas e mensagens enviadas. Johnny Hederson, gerente comercial da Ilhasoft, empresa que desenvolve o aplicativo, explica que dessa forma os consumidores podem escolher a empresa com o melhor sinal nos locais que mais frequenta e controlar com mais precisão os gastos –ainda mais se for um cliente pós-pago, pois pode confrontar a conta no fim do mês com o relatório do app.
Crowdmobi é um aplicativo que faz uma vistoria na sua operadora”, diz.

A ideia de levar essa tecnologia para a Copa surgiu antes mesmo de a bola rolar, quando as empresas informavam que não conseguiriam instalar toda a infraestrutura necessária para atender seus clientes devido ao atraso nas obras das arenas.

A Tim se destaca na Arena Pernambuco, em Recife. Já a Claro pega bem no Mané Garrincha, em Brasília. A Vivo supera por pouco a Claro no Mineirão, em Belo Horizonte. A Oi tem boa qualidade de sinal na Arena Amazônia, em Manaus (Veja todos os resultados aqui).

“Teve muita operadora que não conseguiu colocar o número de antenas a tempo. Diziam que o número de antenas no Itaquerão não ia aguentar”, explica Hederson.

Por enquanto, por mais dificuldade que as operadoras anunciassem que teriam, os jogos vêm quebrando recordes e mais recordes no envio de fotos.

Para medir o sinal em um determinado local, o Crowdmobi usa a mesma fonte de informação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O próprio chip do celular informa a estação de rádio-base (ERB, antena de celular) mais próxima e qual a qualidade do emitida por ela. O que o aplicativo faz é levar esses dados para a tela do celular.

Hendenson diz que já tentou negociar com as operadoras o compartilhamento dessas análises, para que melhorassem seus serviços, mas a oferta não foi adiante.

“Nenhuma quis nem levar adiante. Não é de interessante delas saber qual ponto está mais deficitário”, diz.

O uso do app levou clientes de uma região de Alagoas constatarem que, apesar de uma operadora vender pacotes no local, não havia sinal de celular por lá. Isso motivou o Procon alagoano a formalizar uma parceria com o Crowdmobi. As reclamações de ausência de sinal na área são repassadas ao órgão de defesa do consumidor.

De acordo com Hederson, outras unidades do Procon já estão sentadas na mesa de negociação para adotarem o Crowdmobi como plataforma de fiscalização das operadoras. Além disso, a startup procura outras formas de fazer dinheiro com a tecnologia criada: a cobrança por algum serviço dentro do aplicativo ou a venda de análises a alguma consultoria.

“A gente sabe que o nosso tesouro é a base de dados e principalmente a interação com o usuário”, diz Hederson.

Fonte: G1

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