As coisas andam difíceis para quem trabalha na Netflix. Com resultados financeiros desapontantes, a empresa demitiu 300 funcionários recentemente. A medida, de acordo com a companhia, é para fazer ajustes nas despesas, já que as receitas vem crescendo em um ritmo mais lento que o esperado.
O corte desta quinta representa algo em torno de 4% de todos os funcionários da Netflix, e afeta em grande parte os empregados dos EUA.
E essa não é a primeira rodada de demissões: em maio, 150 funcionários foram desligados. A maioria fazia parte da divisão de marketing da empresa, incluindo o site Tudum, projeto voltado para fãs das produções originais.
Uma das pioneiras do streaming, a Netflix viu sua base de consumidores encolher pela primeira vez em uma década. No relatório do primeiro trimestre de 2022, a companhia registrou 200.000 assinantes a menos. Para o próximo período, a expectativa é que 2 milhões deixem a plataforma.
A empresa apontou diversos fatores para a queda: mais concorrentes, fatores econômicos, a guerra na Ucrânia e o compartilhamento de contas com pessoas que não pagam.
Segundo o The Guardian, ativistas e ex-funcionários relataram que grande parte dos demitidos trabalhava em iniciativas de diversidade. Elas vinham sendo promovidas pela empresa desde 2020, quando a morte de George Floyd e os protestos do Black Lives Matter chamaram atenção para questões de representatividade. A Netflix nega esses relatos.
Netflix vai começar a testar propaganda
Uma das saídas para compensar a perda de assinantes é achar outra fonte de receita: mostrar propagandas no serviço. Isso está cada vez mais perto de se tornar realidade.
Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, confirmou durante o festival de publicidade Cannes Lions que a empresa vai começar a testar um plano mais barato com propaganda.
A companhia já vem conversando com parceiros para entrar no mundo dos anúncios. Fontes dizem que Comcast, NBCUniversal e Google estariam entre eles.
Recentemente, pessoas ligadas a Roku também comentaram sobre uma possível compra da empresa pela Netflix. O objetivo seria o mesmo: reforçar a plataforma de anúncios. A Roku ganha sete vezes mais dinheiro com propaganda do que vendendo aparelhos.
Analistas, porém, veem com cautela o lançamento deste novo plano. Eles temem que os assinantes atuais da Netflix passem para o pacote mais barato para economizar, fazendo a empresa perder mais dinheiro.
Fonte: Tecnoblog
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