As primeiras duas semanas de Elon Musk administrando o Twitter, plataforma de mídia social que ele gastou US$ 44 bilhões para comprar, foram previsivelmente confusas. Metade da força de trabalho foi demitida, vários executivos se demitiram ou foram demitidos, novos planos de assinatura e mudanças de verificação viram lançamentos apressados e repleto de problemas, e políticas sobre tópicos importantes como moderação de conteúdo foram adotadas e descartadas.
Recorde de usuários (será mesmo?)
Musk escreveu na rede social na manhã de sexta-feira que o Twitter “atingiu o recorde histórico de usuários ativos hoje.” Dado que o Twitter não divulga mais publicamente esses dados, o mundo terá que aceitar a palavra dele.
Falência?
Elon Musk, disse aos funcionários do Twitter em uma reunião geral na quinta-feira (10) que uma “falência” não está fora de questão para a empresa de mídia social. Em caso de falência do Twitter, Musk – que investiu US$ 27 bilhões de seu próprio dinheiro para comprar a rede social – provavelmente seria o maior prejudicado, já que em geral os acionistas são os últimos a receber quando uma empresa se reestrutura.
Esta não é a primeira vez que Musk menciona a palavra “falência” em relação a suas empresas. Em uma entrevista em junho sobre a fabricante de veículos elétricos Tesla, ele disse: “Nossa preocupação é como manter as fábricas operando para que possamos pagar as pessoas e não falir”. Ele estava comentando sobre os problemas da cadeia de suprimentos na fábrica da Tesla na China após os bloqueios e restrições em razão da covid-19.
No ano passado, ele também levantou o espectro da proteção contra falência para a SpaceX, sua empresa de foguetes, quando escreveu no Twitter que, embora fosse improvável, não era impossível que a empresa quebrasse.
Escritório todo dia
Desde quinta-feira, os funcionários do Twitter devem estar no escritório por no mínimo 40 horas por semana. Elon Musk ordenou o fim do trabalho remoto para a maioria dos funcionários do Twitter, em seu primeiro e-mail para toda a empresa.
“Não há como adoçar a mensagem”, escreveu Musk, de acordo com uma cópia da mensagem analisada pelo “The Wall Street Journal.” “O cenário econômico à frente é terrível, especialmente para uma empresa como a nossa, que é tão dependente da publicidade em um clima econômico desafiador.”, disse Musk no e-mail. “Obviamente, se você estiver fisicamente impossibilitado de viajar para um escritório ou tiver uma obrigação pessoal crítica, sua ausência é compreensível”, escreveu.
Selo cinza e assinaturas
Horas após lançar um novo método de verificação de identidade no Twitter, um selo cinza substituindo o azul, o diretor-presidente da rede social, Elon Musk, escreveu que desistiu da funcionalidade. Por algumas horas nesta quarta-feira, a marcação cinza estava disponível para governos, companhias, grandes veículos de comunicação e outras figuras públicas, escreveu Esther Crawford, diretora de produtos no Twitter, no LinkedIn.
“Eu matei a ideia”, escreveu em sua conta no Twitter, em resposta a Marques Brownlee, influencer que havia recebido a nova marcação. “O selo azul será o grande nivelador”, escreveu.
Antes da aquisição, o Twitter verificava a identidade de contas sem custos ao conferir que se tratava de alguém notável ou de confiança. Políticos, jornalistas, celebridades e empresas recebiam a marca azul nos seus perfis. Agora, o empresário pretende cobrar US$ 7,99 por mês pela verificação.
Por outro lado, a empresa parece ter suspendido o seu novo sistema de assinaturas após impostores tomarem a plataforma nos últimos dias ao se passar como empresas e personalidades verificadas.
Fonte: Valor Investe
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