A Universidade de Illinois (UIUC) deseja expandir a acessibilidade de soluções de reconhecimento de voz com o Projeto Acessibilidade de Fala. A instituição se uniu à Apple, Google e outras empresas para otimizar a inteligência artificial (IA) por trás da tecnologia. Assim, esses sistemas terão mais precisão ao identificar a fala de pessoas com Esclerose Múltipla Amiotrófica, Parkinson, Síndrome de Down e afins.
A iniciativa parte da universidade dos Estados Unidos em parceria com organizações sem fins lucrativos e empresas de tecnologia. Entre elas, estão a Amazon, Apple, Google, Meta e a Microsoft. Em comum, todos os atuantes vão auxiliar na otimização dos sistemas de inteligência artificial usados para reconhecimento de voz em assistentes virtuais, ditados e afins.
A ação visa expandir o uso dessas soluções. Não à toa, o site do projeto ressalta que esses sistemas nem sempre reconhecem pessoas com uma diversidade de padrões de fala frequentemente associados à deficiências. Por isso, muitos indivíduos nestas e em outras comunidades não conseguem se beneficiar das ferramentas de reconhecimento de fala.
E é aí que entra o estudo para dar um fim a este gargalo.
Projeto vai coletar amostras de voz para treinar IA
O projeto vai coletar amostras de indivíduos que representam uma diversidade de padrões de fala. Para isto, os pesquisadores vão recrutar voluntários pagos para desenvolver um banco de dados privado e anônimo. Estas informações, em seguida, serão usadas para treinar modelos de aprendizado de máquina (ML, em inglês) para otimizar as soluções de IA.
“Em vez de iniciativas separadas e duplicadas por diferentes empresas e equipes de pesquisa, os grupos colaborarão neste projeto para reunir um conjunto de amostras de fala representativas de alta qualidade que ajudarão a acelerar as tecnologias que suportam essas comunidades de pessoas com diversos padrões de fala”, diz o site do projeto.
A Universidade de Illinois também ficará responsável pelos dados da pesquisa. Segundo a instituição, as informações estarão guardadas em um lugar seguro e criptografado. “Os dados dos participantes não serão identificados para proteger a privacidade e as informações pessoais de cada participante”, explicaram.
Apple, Google e mais poderão usar os dados do estudo
A ação vai focar, primeiro, nos falantes do inglês dos Estados Unidos. Em uma página de perguntas e respostas, a universidade afirmou que o projeto é uma iniciativa de pesquisa de vários anos. Mas isto não impede que as informações sejam usadas pelas empresas participantes do projeto para otimizar seus sistemas quando for necessário.
“Cada uma das empresas que apoiam o Projeto Acessibilidade de Fala está comprometida em aproveitar os dados do projeto para fazer melhorias em seus respectivos produtos e serviços de reconhecimento de voz”, explicaram.
Os dados também estarão disponíveis a outros pesquisadores. “Os dados não identificados serão disponibilizados para pesquisadores e desenvolvedores, de acordo com o contrato de uso de dados da UIUC”, afirmaram.
Atualmente, o projeto está na fase piloto.
Fonte: Tecnoblog
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