Quem diria, nos anos 2000, que os celulares seriam resistentes à água? Pois é, os telefones evoluíram consideravelmente nesses últimos anos, o que deu espaço até para recursos inusitados, como um leitor de íris no smartphone. Mas nem todas as funções inovadoras do passado permanecem disponíveis no presente. Confira, abaixo, sete tecnologias de celulares que foram abandonadas.
1. Câmera com abertura variável
O Galaxy S9 deu o que falar quando foi lançado, em 2018. A câmera principal tanto da edição convencional quanto do Galaxy S9+ tinha abertura variável. Ou seja, a abertura da lente era ajustada conforme a iluminação do ambiente, pois não era fixa como as demais opções do mercado.
O recurso foi um sucesso na época. Afinal, se você estava em um lugar escuro, o celular abria o diafragma da câmera para entrar mais luz. Mas se estivesse em um parque sob o sol, por exemplo, era possível fechá-lo para que a foto não saísse muito clara.
A Samsung chegou a levar o recurso para o Galaxy S10, mas o mesmo não aconteceu nas gerações seguintes. Em compensação, a marca sul-coreana aumentou a quantidade de câmeras nos modelos mais avançados das gerações atuais, como o Galaxy S22 Ultra.
2. Câmera frontal retrátil
As fabricantes se debruçaram muito sobre o que fazer com a câmera frontal para aumentar as telas dos smartphones. É o caso da Apple, que chamou a atenção em 2017 ao lançar o iPhone X com notch. Depois, outras fabricantes decidiram aplicar um furo na tela. Mas também teve espaço para outras soluções criativas.
E é aqui que entra a câmera frontal retrátil. Tudo começou em 2018, quando a Oppo e a Vivo lançaram celulares com uma câmera que ficava em uma base deslizante para guardar o sensor. Enquanto isso, a tela ocupava toda a parte da frente do telefone, com bordas quase invisíveis.
Outras fabricantes acompanharam as marcas chinesas depois. Entre elas, está a Xiaomi, que lançou o Mi 9T em 2019 com câmera retrátil. A Samsung também apresentou o Galaxy A80 com um conjunto fotográfico que podia ser usado atrás e na frente. A ideia, no entanto, não vingou e quase não é mais vista hoje em dia.
3. LED para notificações no Android
Quem usou celulares Android no passado deve se lembrar dos LEDs para notificações. Inclusive, me recordo da inveja que eu sentia, pois meu iPhone 3GS não piscava uma luzinha quando chegavam mensagens novas. Em alguns modelos, você até podia personalizar o LED para acender cores diferentes de acordo com o tipo do alerta.
Várias fabricantes adotaram este elemento no universo Android. É o caso da Motorola, com o clássico Moto G de primeira geração que acendia uma luz branca sempre que chegava alguma notificação nova. O recurso também aparecia nos celulares da Samsung e da Xiaomi.
A função, no entanto, deixou de ser utilizada nos últimos anos. Na minha mão, o último celular com o recurso que comprei foi o Galaxy A8, lançado pela Samsung em 2017. De lá para cá, conforme os recortes e os furos nas telas foram se tornando um padrão da indústria, o LED para notificações ficou de lado, o que é uma pena.
4. 3D Touch do iPhone
A Apple também deixou um recurso bem útil de lado nos últimos tempos. É o caso do 3D Touch, uma tecnologia que conseguia medir a pressão do toque na tela. Através desse sensor, o iOS emitia reações diferentes, como abrir um atalho ao pressionar um botão com mais força.
A função foi introduzida no iPhone 6S e iPhone 6S Plus, em 2015. Naquela época, o recurso chegou junto a um comando para abrir um menu ao selecionar um aplicativo na tela inicial. Para isto, você só precisava apertar a tela com um pouco mais de força.
O recurso, porém, foi substituído em 2018. Enquanto o iPhone XS e o iPhone XS Max foram lançados com o 3D Touch, a Apple trocou a função pelo Haptic Touch no iPhone XR, que apenas verifica quanto tempo o usuário está pressionando a tela. Depois, a nova tecnologia foi levada a todos os modelos lançados desde o iPhone 11, em 2019.
5. Pagamentos via MST no Samsung Pay
O NFC não é o único método de pagamento por aproximação existente. Desde o Galaxy S6 e Note 5, lançados em 2015, a Samsung utiliza a tecnologia de Transmissão Magnética Segura no Samsung Pay. O recurso é mais conhecido pela sua sigla em inglês: MST.
A solução tem uma certa vantagem em relação ao NFC, pois pode ser usada em praticamente qualquer terminal. Isto porque o recurso envia sinais que simulam a tarja magnética do cartão. Assim, é possível concluir o pagamento mesmo em maquininhas antigas.
Mas a Samsung decretou o fim da tecnologia em seus celulares com o lançamento do Galaxy S21. Em 2021, a marca sul-coreana informou que a decisão foi tomada “devido à rápida adoção da tecnologia NFC por consumidores e empresas”. Com isso, o Samsung Pay se concentrará em transações via NFC.
6. Teclado físico e trackpad do BlackBerry
O BlackBerry foi um celular icônico. Lembro como era elegante ver alguém usando um smartphone da marca com teclado físico. Mas havia outro recurso bem legal nos telefones: um trackpad no lugar dos botões de setinhas para navegar pelo sistema.
Mas nem sempre foi assim. No começo, o BlackBerry usava uma bolinha que, ao girar de um lado para o outro, auxiliava na navegação. Depois, a companhia colocou um botão sensível ao toque que selecionava as opções ao arrastar a ponta do dedo.
A tecnologia era bem legal e dava um estilo extra ao smartphone. Todavia, conforme a tela sensível ao toque foi se popularizando, até o BlackBerry aderiu ao touchscreen em 2013, com o lançamento dos modelos com o BlackBerry OS 10. Hoje, tanto o trackpad quanto o teclado físico permanecem mais em nossas memórias do que nos celulares.
7. Leitor de íris dos celulares Samsung Galaxy
A moda agora é levar o reconhecimento facial para todos os celulares. No iPhone, por exemplo, você não precisa digitar a sua senha ou usar a digital para desbloquear a tela: basta olhar para a câmera frontal. Mas a Samsung também apostou em um leitor de íris para liberar o acesso aos seus celulares.
A tecnologia foi introduzida no Galaxy Note 7, em 2016. E o seu uso era para lá de curioso, pois o celular era desbloqueado ao fazer uma leitura dos seus olhos, como se fosse um filme de espiões. Se a biometria batesse, a tela era desbloqueada e você podia mexer no celular.
A tecnologia também deu adeus aos celulares da marca recentemente. Desde o Galaxy S10, a Samsung deixou apenas duas opções de biometria: o reconhecimento facial e o sensor de digitais. Em compensação, a Samsung embutiu o leitor de impressões digitais na tela dos modelos mais recentes das linhas Galaxy S.
Fonte: Tecnoblog
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