Uma pesquisa da Universidade de Tel Aviv, em parceria com a empresa Unispectral Technologies, promete desenvolver uma câmera para smartphones que poderá identificar a composição química dos objetos que ela fotografa.
A equipe da pesquisa, liderada pelo professor David Mendlovic, patenteou componentes óticos que permitiriam criar uma câmera de smartphone capaz de realizar análises hiperespectrais de imagens. Abaixo, é possível ver um sistema de demonstração da tecnologia:
Imagens hiperespectrais são aquelas que capturam frequências de ondas eletromagnéticas além das que nossos olhos percebem. Segundo os pesquisadores, todo objeto possui uma “assinatura” hiperespectral, que revela sua composição química.
Uma câmera que pudesse capturar essa assinatura e compará-la a outras já conhecidas seria capaz de revelar a composição química de tudo que passasse por suas lentes. Isso já pode ser feito com câmeras maiores, mas a pesquisa de Mendlovic e sua equipe promete utilizar componentes “adequados para produção em massa e compatíveis com os designs atuais de câmeras de smartphones“. A funcionalidade estaria disponível tanto para fotografias quanto para filmagens, segundo Mendlovic.
Para que isso fosse possível, no entanto, a câmera precisaria também de um software próprio. Esse programa teria de acessar um banco de dados com diversas assinaturas hiperespectrais para poder comparar o conteúdo da foto ao desse banco de dados.
Segundo os pesquisadores, a tecnologia teria diversas aplicações práticas: agricultores poderiam utilizá-la para avaliar a qualidade de suas plantações, e ela poderia ser acoplada a dispositivos vestíveis para oferecer informações sobre a saúde do usuário. Ela também tem claro potencial como ferramenta educacional.
Segundo os pesquisadores, um protótipo funcional da câmera deve ficar pronto em junho. A empresa Unispectral Technologies, que participou da pesquisa, tem entre seus investidores a SanDisk.