O brasileiro parece estar “desleixado” com os dados pessoais cedidos a aplicativos de dispositivos móveis. Segundo uma pesquisa da Symantec, a fabricante do antivírus Norton, 74% dos usuários do país “abrem mão” da sua privacidade e de informações pessoais em troca de entretenimento, como jogos e redes sociais.
Vírus para celular preocupa brasileiros, mas eles são descuidados, diz estudo (Foto: Divulgação)
O estudo revelou que os usuários brasileiros cedem diversos tipos de informações, como por exemplo, sua geolocalização, contatos, fotos, senhas e até mesmo o pacote de dados do celular – o que pode ser muito perigoso, uma vez que estas informações podem ser interceptadas por criminosos digitais. Além disso, aplicativos falsos e algumas falhas em apps legítimos podem ser explorados para acessar estes dados.
Porém, apesar do descuido, os números indicam que os brasileiros estão preocupados com golpes e armadilhas digitais. A estatística global é de que 63% estão atentos às ameaças de malwares, já no Brasil, este número cresce para 89%. O problema é que ainda assim eles mostram um despreparo na hora de se protegerem.
“Este cenário acontece pois, muitos dos usuários que mais se preocupam com a privacidade móvel são os que menos tendem a tomar precauções para se proteger – tudo em troca de downloads gratuitos de aplicativos”, diz o relatório da Symantec.
A pesquisa mostra ainda que 81% dos entrevistados desconhece que aplicativos podem modificar seus favoritos no celular, 75% não sabem que permitem o acesso à câmera e microfone do smartphone e 38% estão dispostos a permitir que os aplicativos usem mais a bateria para obter um aplicativo gratuito.
Outros dados importantes revelam que 45% tem consciência de que estão cedendo a localização de seu aparelho aos desenvolvedores, mas continuam fazendo isso. Além disso, um em cada cinco consumidores permite que um aplicativo controle o uso do pacote de dados. Ou seja, estatísticas bem alarmantes.
A Symantec alerta que muitas das ameaças móveis atuais estão localizadas em aplicativos para smartphones e tablets. Globalmente, são mais de 3 milhões de aplicativos maliciosos e 8 milhões que podem expor a privacidade dos dados. “É necessário saber que, quando se trata de aplicativos, a palavra ‘grátis’ raramente vem sem um custo. Os dados pessoais se tornam a moeda de troca e como a maioria dos usuários não sabem das vantagens e desvantagens de privacidade online, acabam por expor suas informações”, revela Beto Santos, Diretor de Consumo da Symantec.