Android é o sistema operacional móvel mais atacado por vírus (Foto: Reprodução/Lívia Dâmaso)
O número de malware móvel está crescendo cada vez mais e ameaça os usuários de smartphones, principalmente o que rodam em Android. De acordo com a Avast, fabricante de um dos antivírus mais populares da atualidade, já são mais de um milhão de amostras maliciosas no seu banco de dados. Em 2011, havia apenas 100 mil. Apesar de ainda serem recentes, os vírus que infectam celulares estão evoluindo e criam táticas enganosas para roubar principalmente o dinheiro dos usuários de celulares.
A previsão da AVG é de que o volume de vírus para Android cresça a ponto de se igualar, ou mesmo superar, o universo dos malwares para PCs Windows, por exemplo. Um cenário arrasador para quem não usa antivírus.
“Prevemos que alcançarão a mesma magnitude do malware para PC em 2018. Contudo, nos mais de 1 bilhão de smartphones comercializados em todo o mundo no ano passado, somente uma pequena porcentagem está protegida por um software antivírus”, alerta Ondrej Vlcek, chefe de operações da Avast, no blog da fabricante de soluções em segurança.
O malware móvel está desenvolvendo como os que atingiram os computadores há alguns anos. Porém, os primeiros vírus para PC foram criados por amadores e demorou 10 anos para se tornarem um “negócio lucrativo”. Já os “vírus móveis”, mesmo com uma estrutura simples, geram lucro desde o seu início, já que smartphones e os tablets reúnem mais informações pessoais e financeiras do que os PCs.
Esses vírus invadem os dispositivos móveis por meio de aplicativos maliciosos que entram nas lojas e em propagandas in-app com links para conteúdos infectados. Além disso, os hackers também tiram proveito de bugs dos sistemas operacionais, em aplicativos populares e na estrutura de cobrança das operadoras telefônicas.
Só em 2013, 60% a 70% dos malwares foram desenvolvidos para enviar mensagens de texto premium sem o consentimento do usuário, relata a Avast. Para combater o malware, as operadoras dos Estados Unidos e de outros países baniram os serviços de mensagens de texto premium.
Os ransomwares e os spywares, malwares mais sofisticados, também estão crescendo e infectando os aparelhos móveis. Com o aumento de usuários do Android, os ransomwares, que antes atingiam apenas a plataforma Windows também estão atingindo os dispositivos Android e sequestrando aparelhos criptografando os arquivos até que o usuário pagasse o resgate. Já o spyware móvel é capaz de rastrear a geolocalização do usuário e também coletar outros dados pessoais para invadir contas e roubar identidade.
O malware móvel atinge a marca de 1 milhão de amostras e pode superar os de PCs (Foto: Reprodução/Avast)
Com o avanço tecnológico, os criadores de malware encontrarão novas formas de roubar suas vítimas. Por exemplo, com o aumento do uso dos novos métodos de pagamento NFC (Near Field Payment), a desenvolvedora de antivírus sugere que os hackers mudarão a forma de ir atrás do dinheiro.
Para evitar a ação dos cibercriminosos, os usuários precisam tomar alguns cuidados, como instalar um software antivírus. Além disso, a fabricante acredita em trabalho conjunto contra os novos vírus móveis, aprimorando novas táticas de detecção de malware para aumentar a segurança dos aparelhos.
“Para tornar os aparelhos móveis mais seguros, precisamos trabalhar juntos: as empresas de segurança, as operadoras, as lojas de aplicativos e os consumidores”, diz Vlcek.
Um exemplo são as ações das operadoras nos Estados Unidos, Brasil e Reino Unido de não mais cobrar seus clientes pela maioria das mensagens SMS Premium comerciais. As lojas de aplicativos, como a Google Play Store, também devem aumentar suas regras de segurança.
Manter seu computador sempre protegido é a melhor forma de se prevenir contra ataques virtuais.
Fonte: TechTudo