O Google luta há algum tempo para reduzir a quantidade de aplicativos desatualizados ou simplesmente abandonados da loja de apps do Android. Após meses notificando os criadores, a empresa deve remover 869 mil aplicativos e jogos da Play Store sem atualizações nos últimos dois anos, segundo um levantamento feito pela consultoria Pixalate.
As soluções afetadas devem ser ocultadas dos resultados da pesquisa ou totalmente removidos da loja. Isso só deve ocorrer, contudo, a partir de 1º de novembro, quando o Android 13 já deve estar disponível nos celulares Pixel.
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O objetivo é entregar uma loja mais moderna, com apps que tenham compatibilidade com os recursos de privacidade e segurança mais recentes. Além disso, softwares antigos demais podem ser usados como porta de entrada para malwares ou vulnerabilidades no celular.
Por outro lado, segundo dados da Pixalate, 68% aplicativos na Play Store e na App Store foram atualizados nos últimos dois anos. Esses números equivalem a mais de 3,1 milhões de softwares presentes nas duas maiores lojas virtuais do mundo.
Apps não seguem políticas de segurança modernas
Por ser mais “liberal” que a loja do iPhone, a Play Store tem uma vasta biblioteca de programas esquecidos. Muitos faziam coisas dispensáveis nos dias atuais (porque outros apps melhores ocuparam o lugar ou o próprio sistema operacional incorporou) e não seguem as políticas de solicitação de acesso aos recursos do aparelho.
Após o ultimato dado no final de abril, a rival Apple parece também estar disposta a banir quem parou de se dedicar no oferecimento de melhorias ou ajustes nos softwares. A medida causou polêmica entre os desenvolvedores, que reclamaram da necessidade de atualizar aplicativos desnecessariamente.
Segundo eles, há casos de programas mais simples que já cumprem sua função natural, sem precisar de constantes patches de correção nem complementos. Na rival, estima-se cerca de 650 mil apps e jogos desatualizados, se combinado com o Android, os números representam um terço do total de aplicativos disponíveis nas duas plataformas.
Agora, parece que o Google deve seguir o mesmo rumo para fazer essa “limpa” de coisas esquecidas. O criador do Android verificou, contudo, que a “grande maioria” dos apps já obedecem aos padrões de segurança, pois foram atualizados recentemente. Agora, resta saber se quem tem programas muito antigos optará por revalidar o software ou se permitirá a exclusão definitiva.
Fonte: CanalTech
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