Apesar de marcado pela pandemia da Covid-19, o ano passado também foi palco para o início da implementação em larga escala da conectividade 5G. Apesar do impacto causado pela disseminação do novo coronavírus, mais de 236 milhões de pessoas terminaram o ano com acesso à rede ultra veloz e dispositivo compatível, de acordo com uma pesquisa feita pela Omdia. A estimativa é que esse número chegue a 1,2 bilhão em 2024, segundo a GSMA.
Atualmente, um bilhão de pessoas, ou 15% da população mundial, vive em áreas com cobertura 5G. Usuários na Austrália, Alemanha, Japão, Arábia Saudita, Reino Unido e Estados Unidos já consomem mais dados em 5G do que em 4G, segundo a Open Signal. Na Coreia do Sul, onde o 5G avança mais rápido, usuários consumiram em média 38,1 GB de dados móveis, enquanto a média nos outros países ficou em 15 GB.
A rigor, a tecnologia 5G chega oficialmente ao Brasil depois do leilão das frequências de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Isso deve acontecer em maio ou junho deste ano. Porém, as operadoras de telefonia já estão realizando testes com a conexão de nova geração em outras faixas do espectro, e a ultra velocidade já pode ser experimentada em algumas cidades do Brasil.
Para isso, as empresas lançaram suas redes 5G dentro das frequências existentes, baseadas em uma tecnologia chamada DSS (compartilhamento dinâmico de espectro, na sigla em inglês). Assim é possível compartilhar, de forma dinâmica, o espectro 3G e 4G não utilizado para prestar o serviço 5G. A tecnologia envolvida é a mesma, a diferença é que, após os leilões, a rede poderá operar em um espectro exclusivo.
Mas pela experiência em outros países, podemos ter uma ideia do impacto que a chegada do 5G pode ter no Brasil. A Coreia do Sul pretende ter cobertura nacional até o fim de 2021, enquanto a Suíça já implantou redes 5G para 90% da população e o Reino Unido conta com 30% de cobertura.
Em termos de velocidade média usando uma conexão 5G ativa, os usuários sul-coreanos também lideram, atingindo até 354,4 Mbps para downloads – ainda, segundo a Open Signal. Outros cinco países também superam os 200 Mbps no 5G: Austrália, Kuwait, Taiwan, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Em todos os dez países pesquisados, as velocidades médias de download 5G ficam em 150 Mbps, muito mais rápido do que qualquer rede 4G.
Vale lembrar que essa é a velocidade média, considerando todos os usuários analisados. Ocasionalmente, um smartphone individual pode registrar picos de download ainda mais rápidos. No levantamento da Open Signal, a velocidade de 2% dos principais usuários variou de de 862,6 Mbps a 575,4 Mbps.
Um segmento pode ser destacado como exemplos da melhoria que uma rede ultra veloz pode trazer, especialmente em tempos de Covid-19: chamadas de vídeo. Usuários nas Filipinas relataram uma experiência de vídeo 40% melhor na rede 5G do que na 4G. Isso significa melhor qualidade e menos interrupções nas chamadas. Nos top 10 países com melhor conexão 5G, os usuários relataram uma experiência “excelente” nas videoconferências. Mas só é possível desfrutar dessa velocidade com um aparelho “5G ready”, ou seja, que já tenha compatibilidade com a nova tecnologia.
Fonte: Olhar Digital
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