Um relatório da IDC aponta que a Xiaomi deve, em breve, ultrapassar a Apple e se tornar a terceira maior fabricante de smartphones do planeta. De acordo com a consultoria, a diferença entre a gigante chinesa e a Maçã é de apenas 1,5 milhão de aparelhos, o que indica que, se o ritmo atual for seguido, a mudança de posição deve acontecer ainda em 2019.
Essa situação é sintomática. A IDC explica que, no último trimestre, o mercado de smartphones teve uma queda de 2,3% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado e muito disso é culpa da Apple, que apresentou uma queda assustadora de 18,2% na venda de iPhones de 2018 para 2019, com 8 milhões de unidades a menos. Mesmo com suas ações em alta, a gigante de Cupertino vê sua divisão de smartphones passar por uma fase ruim.
A Apple vendeu 33,8 milhões de iPhones durante o segundo trimestre de 2019, uma queda significativa em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Independentemente da quota de mercado ligeiramente inferior e dos preços de venda de dispositivos, a base instalada do iPhone continuou a crescer.
A Xiaomi, que também produz sapatos, aparadores de cabelo e itens para o lar, experimentou um pequeno declínio no comparativo ano a ano, distribuindo ao varejo um total de 32,3 milhões de smartphones. Apesar de a empresa experimentar uma forte concorrência da Huawei em sua terra-natal, ela vem sendo um grande sucesso na Índia devido ao seu foco em canais offline e online. O objetivo é ter no país 10.000 lojas de varejo até o final de 2019, além de expandir sua rede de canais de venda.
Empresa | Vendas 2019 | Share em 2018 | Vendas 2018 | Share em 2018 | Oscilação anual |
Samsung | 75,5 | 22,7% | 71,5 | 21% | 5,5% |
Huawei | 58,7 | 17,6% | 54,2 | 15,9% | 8,3% |
Apple | 33,8 | 10,1% | 41,3 | 12,1% | -18,2% |
Xiaomi | 32,8 | 9,7% | 32,4 | 9,5% | -0,2% |
Oppo | 29,5 | 8,9% | 29,4 | 8,6% | 0,3% |
Outras | 103,4 | 31,0% | 112,4 | 32,9% | -8,0% |
Total | 333,2 | 100% | 341,2 | 100% | -2,3% |
A Samsung manteve a primeira posição no mercado e retornou a um crescimento anual de 5,5%, com um total de 75,5 milhões de smartphones enviados ao varejo. A empresa lutou para vender seus aparelhos mais emblemáticos, mas não foi muito bem-sucedida nessa tarefa e atribuiu isso ao momento fraco do setor. Os dispositivos mais baratos da série A, no entanto, venderam muito bem.
O volume de remessas da Huawei caiu apenas 0,6% em relação ao primeiro trimestre de 2019, o que é impressionante dadas as tensões comerciais dos EUA e da China. As vendas na China, por sua vez, atingiram um recorde histórico e foram responsáveis por 62% do total registrado pela Huawei no segundo trimestre deste ano, com 36,4 milhões de unidades. O P30 e o P30 Pro foram um sucesso retumbante. As ações tomadas após a proibição do comércio dos EUA certamente contribuíram para esse sucesso durante o trimestre.
A Oppo teve um bom desempenho na China e na Índia e respondeu por quase três quartos de suas vendas em 2019. Na China, a empresa lançou a Reno neste último trimestre, mas ela não foi tão bem devido à forte concorrência da série P, da Huawei. Os modelos de entrada A9 e K3 (este último exclusivo para venda online) ajudaram a suportar seu desempenho geral.