O CEO do Google, Sundar Pichai, publicou recentemente um artigo sobre privacidade no jornal The New York Times. No texto, ele não só elogia bastante as práticas da própria empresa e reforça a importância de proteção de dados pessoais mas também critica empresas que tem modelos de negócios diferentes, com certeza a Apple, mas sem citar nominalmente a marca.
“Privacidade não pode ser um artigo de luxo oferecido só para pessoas que podem bancar a compra de produtos ou serviços premium. Privacidade deve estar igualmente disponível para todos no mundo”, diz o executivo.
Como exemplo, Pichai cita o buscador do Google, que funciona da mesma forma em dispositivos top de linha e de entrada em países que ainda estão recebendo tecnologias e infraestrutura: “não importa se você é um professor em Harvard ou um estudante na zona rural da Indonésia”.
O YouTube Premium também é usado como exemplo: mesmo sendo pago, ele tem controles de privacidade que vão muito além de apenas não mostrar anúncios.
Vale lembrar que a Apple tem investido bastante em privacidade ultimamente, inclusive com campanhas de marketing. Ainda assim, o acesso é de fato restrito, já que é apenas para quem tem produtos do ecossistema da empresa. Por enquanto, nem a Apple nem o CEO da marca, Tim Cook, pronunciaram-se a respeito do texto.
Prestação de contas
Pichai ainda mencionou uma série de ações tomadas pelo Google a respeito do tema, como utilizar dados de consumo e de seus serviços para melhorar produtos como a Google Assistente (que traz a melhor opção para algo solicitado), o Google Maps (que acha rotas sem congestionamentos) e o Google Fotos (que organiza álbuns e retratos).
Entre os elogios, sobrou até um comentário que pode caber perfeitamente para o Facebook: “Para que a privacidade seja real, nós damos a você escolhas claras e significativa sobre seus dados. Tudo enquanto nos mantemos fiéis a duas políticas inequívocas: que o Google nunca vai vender qualquer dado pessoal para terceiros; e que você decide como as suas informações são usadas”.
O artigo completo pode ser lido aqui (em inglês).