O relatório anual de segurança e privacidade do Google, apresentado no início deste mês, demonstrou uma diminuição do número de downloads de aplicativos maliciosos na Play Store em comparação com o ano anterior. Isso parece ter deixado os desenvolvedores da gigante das buscas otimistas quanto a melhora da “saúde geral do ecossistema Android.”
De acordo com o relatório, o número de aplicativos potencialmente ameaçadores (chamados pelo Google de PHAs) baixados da Play Store aumentou de 0,02% em 2017 para 0,04% em 2018. Entretanto, o crescimento é apenas aparente, porque, neste ano, o Google contabilizou fraudes de cliques em anúncios na sua pesquisa. “Se removermos os números de cliques fraudulentos dessas estatísticas, os dados mostram que os PHAs na Google Play diminuíram 31% ao ano”, diz o documento.
O Google tem a difícil tarefa de proteger mais de 2 bilhões de dispositivos Android de potenciais ameaças na sua loja de aplicativos. Tendo em vista soluções práticas e funcionais, a companhia lançou o Google Play Protect em 2017, responsável por analisar até 500 mil apps diariamente no seu sistema. E foi dele que veio a confirmação da melhoria na segurança.
Em 2017, 0,56% dos dispositivos Android com Google Play Protect tinham PHAs instalados, o número caiu para 0,45% em 2018. O recurso evitou, de acordo com o relatório, 1,6 bilhões de tentativas de download de aplicativos maliciosos fora do Google Play, embora não seja dito quantas instalações foram bloqueadas diretamente na própria loja.
Contudo, os mecanismos de segurança precisam estar sempre em atualização, adaptando-se aos novos métodos para burlar o sistema. Os números mostram que o Google removeu 210 PHAs da loja, mas não antes deles serem instalados 150 milhões de vezes por usuários. Além disso, a inclusão da taxa de clique aumentou 54,9% da taxa geral de PHAs, provando que esse pode ser o próximo grande desafio de segurança para o Google.