A modalidade gratuita do Spotify vai alterar, mas não para pior. Ao menos é o que dizem fontes próximas à empresa ouvidas pela Bloomberg. Aparentemente, o plano é tornar o serviço mais intuitivo para atrair novos usuários e, consequentemente, aumentar a base de assinantes pagantes.
Soa contraditório. O primeiro pensamento que a gente tem é que melhorar a modalidade gratuita irá fazer os usuários se contentarem com ela. Entre investidores, já houve até sugestões para que o Spotify limitasse ainda mais o plano gratuito para estimular uma migração intensa à modalidade premium.
Mas uma abordagem mais amigável, digamos assim, talvez funcione melhor. O Spotify fez uma boa estreia na bolsa de valores no início do mês, mas ainda não dá lucro. Mais do que nunca é necessário elevar as receitas. O primeiro passo é aumentar a base de assinantes. Tradicionalmente, a melhor forma de se fazer isso é atraindo usuários com serviços gratuitos.
Esse seria o objetivo da nova versão gratuita do Spotify. Se o plano for confirmado, os assinantes da modalidade vão acessar playlists mais rapidamente e terão mais controle sobre as músicas reproduzidas nas principais listas do serviço, por exemplo.
Não está claro como isso funcionará, mas tudo indica que a ideia é oferecer um pouco da experiência premium, sobretudo nos dispositivos móveis, para que os usuários sintam mais interesse pela modalidade paga.
Se dará certo ninguém sabe, mas as metas são audaciosas. O Spotify espera chegar até o fim do ano com 200 milhões de usuários no mundo todo, com 96 milhões destes assinando a modalidade premium. O último levantamento aponta que o serviço encerrou 2017 com 157 milhões de assinantes, dos quais 76 milhões eram pagantes.
O assunto ainda é tratado com sigilo pela companhia, mas informações são esperadas para as próximas semanas, talvez no dia 24: sem dar detalhes, o Spotify marcou um evento na data para fazer um grande anúncio.
/ Tecnoblog